Roberto Alvim é demitido da Secretaria da Cultura após vídeo nazista

Roberto Alvim. Foto: Reprodução de TV

Após publicar um vídeo com apologia ao nazismo, o secretário especial de Cultura, Roberto Alvim foi demitido do governo Jair Bolsonaro. Segundo o jornal “O Globo”, a situação dele ficou “insustentável” com a divulgação das imagens em que ele copia um trecho do discurso do ministro da Propagada do Nazismo, Joseph Goebbels, para para anunciar o Prêmio Nacional das Artes.

“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada”, disse o secretário.

O Planalto, que inicialmente havia informado que não comentaria a declaração, não entrou em detalhes sobre os motivos da demissão, uma vez que o caso gerou desconforto na cúpula e entre apoiadores do governo – especialmente entre representantes de Israel e a bancada evangélica. A Secretaria Especial de Cultura está ligada ao Ministério do Turismo, chefiado por Marcelo Álvaro Antônio.

A exoneração de Alvim já havia sido antecipada pela colunista Miriam Leitão e foi publicada no Diário Oficial em edição extra na tarde desta sexta-feira (17). O presidente Jair Bolsonaro comunicou também, por meio de nota, a demissão de Roberto Alvim da Secretaria Especial de Cultura.

Secretário especial de Cultura do governo Jair Bolsonaro, Roberto Alvim divulgou uma nota em sua conta particular no Facebook na manhã desta sexta-feira (17) dizendo que foi “apenas uma coincidência retórica” o uso de uma frase do ministro da Propaganda nazista, Joseph Goebbels, no vídeo publicado no perfil oficial da secretaria na noite desta quinta-feira (16).

“Não há nada de errado com a frase. Todo o discurso foi baseado num ideal nacionalista para a Arte brasileira, e houve uma coincidência com UMA frase de um discurso de Goebbles. Não o citei e jamais o faria. Foi, como eu disse, uma coincidência retórica. Mas, a frase em si é perfeita: heroísmo e aspirações do povo é o que queremos verna Arte nacional”, escreveu.

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