Rio: violência, racismo e tiros no Maracanã; Fluminense pode ser punido?

Violência sem fim. O jogo entre Fluminense e Argentinos Juniors, pela fase de oitavas de final da Copa Libertadores,  foi marcado por confusões na área destinada à torcida visitante no estádio do Maracanã, nesta terça-feira (8).

Três torcedores foram detidos e encaminhados ao posto do Juizado Especial Criminal, o Jecrim. Um deles teria cometido atos racistas. O clima de hostilidade já havia se instalado horas antes do duelo na orla da praia de Copacabana, quando torcedores das duas equipes se enfrentaram.

Dentro do Maracanã, policiais foram chamados para dar suporte aos seguranças particulares do estádio e, em imagens registradas pela ESPN argentina mostram policiais militares do Bepe, o Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios, chegando ao setor e dispersando os argentinos com golpes de cassetete e tiros de borracha disparados à queima-roupa (confira a nota da Polícia Militar sobre o caso):

“A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, nesta terça-feira (8/8), durante a partida entre Fluminense e Argentinos Juniors, pela Copa Libertadores da América, ocorreu uma confusão generalizada na torcida visitante, situada no Setor Norte Superior do Maracanã.

Inicialmente, houve a intervenção de seguranças do estádio, onde um dos profissionais foi agredido. Em seguida, equipes do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE) intervieram e uma policial também foi agredida. Foi necessário o emprego de armamento de menor potencial letal para estabilizar o local. Dois torcedores argentinos foram detidos pelos policiais e conduzidos à Vara de Execuções Penais do estádio. Ainda durante o tumulto, uma torcedora argentina foi presa em flagrante pelo crime de racismo.

No setor Leste superior, um torcedor foi preso acusado de ter agredido uma funcionária de um dos bares do estádio, também sendo apresentado à VEP”.

Nesta quarta, surgiu a expectativa de que clube tricolor pode acabar sofrendo punições da Justiça Esportiva pelo uso de força excessiva dos policiais nas arquibancadas durante o jogo.