Família de Marielle se manifesta após Rogério de Andrade ser apontando como possível mandante

Marielle Franco. Foto: Renan Olaz - Câmara Municipal do Rio

Marielle Franco. Foto: Renan Olaz – Câmara Municipal do Rio

Os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, e o Ministério Público do Rio de Janeiro, apontaram que Rogério de Andrade é um possível mandante do assassinato da vereadora do PSOL, Marielle Franco, durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (10).

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Diante das novas colocações das autoridades, a família de Marielle se manifestou, em nota, sobre o caso. “A cada notícia que mostra que as investigações do caso Marielle e Anderson levaram à descoberta de mais um esquema de organização criminosa – a maioria deles envolvendo o Estado brasileiro – fica evidente que o destino da democracia e da justiça do país dependem da resolução desse caso”.

Marielle e Anderson foram assassinados em 14 de março de 2018. Até o momento, a polícia segue sem saber quem é o mandante as motivações. Somente os dois acusados de serem executores estão presos.

A coletiva de imprensa ocorreu após o final da Operação Calígula, que cumpriu 36 mandados de busca e apreensão no estado do Rio, mirando uma organização criminosa relacionada ao Jogo do Bicho, na manhã de terça.

Entre os alvos estavam Rogério de Andrade, policiais militares, entre eles quatro oficiais; e policiais civis, sendo dois delegados: Adriana Belém e Marcos Cipriano. Rogério e o seu filho, Gustavo de Andrade, são considerados foragidos.

A Justiça autorizou a inclusão do nome do Rogério na lista de difusão vermelha da Interpol. O grupo tem como membro Ronnie Lessa, preso pela execução da vereadora e de seu motorista.

Leia a nota na íntegra:

“A cada notícia que mostra que as investigações do Caso Marielle e Anderson levaram à descoberta de mais um esquema de organização criminosa – a maioria deles envolvendo o Estado brasileiro – fica evidente que o destino da democracia e da justiça do país dependem da resolução desse caso.

Estamos falando de pessoas poderosas que utilizaram dos seus cargos políticos, do Estado e das forças armadas para desviar dinheiro público, fortalecer grupos criminosos, violentos e armados contra a população, e que chegaram ao ponto de tirar a vida de uma parlamentar eleita.

O caso de Marielle deve ser lido como um ponto chave para a desmobilização de grupos ilegais no estado do Rio, desde a milícia à contravenção. Historicamente estamos reféns desta articulação criminosa institucional.

A cada denúncia, operação e ação gerada a partir da investigação do assassinato de Marielle, devemos reforçar a importância e a necessidade das autoridades responderem quem mandou matar Marielle e porquê. E nós, da família e do Instituto Marielle Franco, seguiremos cobrando essas respostas.

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