Pai de Henry Borel se diz perplexo com decisão sobre Monique Medeiros

Nesta terça-feira (5), Leniel Borel de Almeida se disse perplexo com a decisão da juíza Elizabeth Machado Louro, do segundo Tribunal do Júri, que substituiu a prisão preventiva da professora Monique Medeiros da Costa e Silva por monitoramento eletrônico.

Ela é ré no processo, junto do ex-namorado, o médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Junior, o Jairinho, pela morte do filho, Henry Borel Medeiros, num caso que chocou o país.

“É inacreditável. A Monique é tão culpada pelos crimes quanto o Jairo. Iremos utilizar de todos os meios legais para recorrer dessa decisão”, afirmou Leniel em entrevista ao Globo.

Monique estava presa desde 8 de abril do ano passado, quando também foi preso o ex-vereador Jairo Santos Souza Júnior, conhecido como doutor Jairinho, padrasto do menino. Ele segue detido.

A decisão a juíza afirma que “a manutenção da prisão em instituição estatal era o meio adequado de se prevenirem reações exacerbadas e incivilizadas contra a requerente, incompatíveis com o Estado de Direito”. Contudo, “multiplicaram-se as notícias de ameaças e violação do sossego” de Monique dentro do ambiente carcerário.

E acrescenta que mesmo que as denúncias “não tenham sido comprovadas, ganharam o fórum das discussões públicas na imprensa e nas mídias sociais, recrudescendo, ainda mais, as campanhas de ódio contra ela dirigidas”.

Ainda segundo a decisão, a acusada deverá permanecer “em residência distinta daquelas até aqui utilizadas pela requerente, cujo endereço deverá permanecer em sigilo e acautelado em cartório”.

A magistrada também proibiu “qualquer comunicação com terceiros — com exceção apenas de familiares e integrantes de sua defesa —, notadamente testemunhas neste processo, seja pessoal, por telefone ou por qualquer recurso de telemática”. Monique também está impedida de realizar quaisquer postagens em redes sociais, “sob pena de restabelecimento da ordem prisional”.

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