‘Réveillon e Carnaval serão seguros’, diz infectologista e pesquisador da Fiocruz

Réveillon em Copacabana e desfile 2020 da Unidos do Viradouro. Foto: Nielmar de Oliveira/Agência Brasil – Riotur

Com o avanço da vacinação, muitas pessoas começam a sonhar com o retorno das atividades que foram paralisadas em razão da pandemia da Covid-19.

Na avaliação do médico Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a combinação do avanço significativo da vacinação, com 90% da população completamente imunizada, com indicadores epidemiológicos que demonstram redução importante da transmissão do vírus nos guiarão para o fim da pandemia.

“Se conseguirmos revacinar até o fim do ano todo o grupo com maior risco para evoluir para hospitalização e óbitos, teremos dias mais tranquilos, e, eventualmente, a gente pode liberar algumas atividades associadas à aglomeração, como o Réveillon e o Carnaval”, pontua o pesquisador em entrevista ao site “Metrópoles”.

O avanço da campanha de imunização contra o novo Coronavírus já reflete positivamente na diminuição do número de hospitalizações e mortes. A prioridade agora é imunizar os grupos mais vulneráveis – incluindo idosos e pessoas com comorbidades – com as doses de reforço.

Otimista, o infectologista acredita que, no futuro, quando alcançarmos a imunidade coletiva com as vacinas, o novo coronavírus se tornará menos letal, com comportamento semelhante ao de outros vírus respiratórios.

“No ano que vem, se a gente mantiver uma trajetória de redução de número de casos, hospitalizações e óbitos; se não tiver o surgimento de novas variantes; e conseguirmos uma excelente cobertura vacinal, a gente pode pensar em flexibilizar o uso de máscara, sempre começando pelas atividades de menor risco, associadas à menor transmissão”, destacou.

O especialista, que trabalhava no Ministério da Saúde durante a gestão de Luiz Henrique Mandetta, faz um alerta. Ele afirmou que essa trajetória pode ser suspensa caso surja uma variante que consiga furar a proteção conferida pelas vacinas.

“Nunca se sabe quando pode surgir uma nova variante com impacto na proteção que as vacinas garantem para a população”, alerta.

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