A repaginação de Ciro Gomes para 2022, por Sidney Rezende

Ciro Gomes. Foto: Divulgação

Ciro Gomes. Foto: Divulgação

A entrevista de Ciro Gomes, do PDT, ao SRzd, que você poderá assistir na íntegra logo abaixo deste artigo, sinalizou uma mudança estratégica do ex-ministro na sua constante caminhada para a disputa eleitoral de 2022. O DNA de Ciro não muda: orador brilhante, raciocínio rápido, riqueza de dados e informações, comportamento explosivo e a paciência para provocações com limite de validade. Isto é igual!

Mas agora, Ciro tem um livro debaixo do braço. Sua bíblia chama-se “Projeto Nacional: O Dever da Esperança”, que já está disponível na loja virtual da Amazon. A exemplo de outros candidatos que tornaram-se presidentes, Ciro faz diagnósticos e traz soluções para problemas brasileiros que nos torturam há anos.

“Neste novo Projeto Nacional de Desenvolvimento – ele segue a linha de pensadores do nacional-desenvolvimentismo, de que, para superar o atraso e a desigualdade, não basta crescimento econômico: é necessário criar condições para promover a justiça social, reparar dívidas históricas com o próprio povo, gerar oportunidades menos desiguais e, ao mesmo tempo, garantir dinamismo a este gigantesco mercado interno chamado Brasil”, anuncia.

Na live, tratamos, quase todo o tempo, de esmiuçar os poderes que mandam no nosso país e a importância da democracia. Sobre isso, Ciro Gomes tem claro que “a democracia moderna se afirma com algumas premissas. Nenhuma delas há no Brasil. Por exemplo, o acesso comum à oportunidade de educação. Se nascer na periferia de uma grande cidade, no interior do semiárido, no fundão da Amazônia ou nos rincões mais distantes na metade sul do Rio Grande do Sul, muito improvável que se consiga – se não por uma superação pessoal -, a tragédia é destruir vocações logo no nascedouro. Depois, a informação. Como em tempos de grupos de Whatsapp, de fake news, formas eletrônicas inalcançáveis, você deforma completamente a informação, difama pessoas, destrói reputações e tira a liberdade das pessoas compreenderem”.

Na primeira metade, a entrevista versa sobre questões estruturais. E, na segunda parte, conjuntura na veia. Vale a pena assistir. “O Haddad sabe que a mistura de corrupção generalizada com a crise econômica e o estelionato eleitoral produzido pelo PT ainda são a grande causa do antipetismo. Senão, eles vão ter que fazer uma explicação: como é que 70% do eleitorado de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, que votou a vida inteira no PT, deu tantas vitórias ao PT, vota no Bolsonaro? Olha, 70% do eleitorado de São Paulo, a terra do Haddad, votou no Bolsonaro. Não votou no Haddad. Aqui no Ceará, eu ganhei as eleições no primeiro turno, e no segundo turno, o Haddad tirou 71% dos votos aqui no Ceará e o Bolsonaro, 23%. Então, eles não têm a menor modéstia, toda a culpa é dos outros. Eles não têm autocrítica. O Lula perdeu um pouco a noção da vida e está com ódio do povo brasileiro, porque ele imaginava que o povo brasileiro deveria ter descido em Curitiba, quebrado a Polícia Federal e levado ele ao poder, nomeá-lo ‘Rei Lula’, primeiro e único”.

Veja na íntegra:












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