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Racismo, tortura e agressões: movimento organiza ato no supermercado Ricoy em São Paulo

Representantes do movimento negro em São Paulo realizarão uma manifestação, neste sábado (7), em frente ao supermercado Ricoy, na Zona Sul da capital paulista, em protesto contra a tortura cometida pelos seguranças do estabelecimento, que chicotearam um jovem negro a quem acusam de tentar furtar uma barra de chocolate.

A manifestação marcada para 12h tem como objetivo denunciar o histórico de agressões no estabelecimento, a violência generalizada contra pessoas negras, além de oferecer proteção à vítima.

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as denúncias contra a rede de supermercados. O processo, instaurado na tarde desta quinta-feira (5), investigará também imagens que mostram um outro homem com marcas de chicotadas, e também de uma criança sofrendo tortura psicológica dentro de uma unidade do Ricoy.

Luana Vieira, integrante Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio e da Uneafro, convocou o ato para denunciar os crimes, mas também para conversar com os representantes do mercado. “Eles têm que ser se responsabilizados. Não adianta só pedir a prisão dos seguranças, precisamos saber o que acontece na rede deste supermercado como um todo e que seja realizado um treinamento para os funcionários. Não vamos mais tolerar a violência contra o povo preto”, afirmou ao site Rede Brasil Atual, ressaltando também a importância de garantir a proteção do jovem torturado, após a repercussão da imprensa sobre o caso.

“A mídia fala que ele está bem, mas não é nada disso. Eu fui até a ocupação em que ele mora, estive com o Emerson, que está muito acuado e com medo. Eles sofrem repressões diárias, então precisamos atuar para protegê-lo”, completou Luana.

Segundo ela, ideia é buscar um diálogo com a KRP Valente Zeladoria Patrimonial, responsável pela segurança do supermercado Ricoy. Nas redes sociais, é especulada a realização de um outro ato, também no sábado, na sede da empresa. Waldir Bispo dos Santos e Davi de Oliveira Fernandes, ambos funcionários da KRP, tiveram a prisão temporária decretada pela Polícia Civil.

Nesta quinta-feira (5), a Coalizão Negra por Direitos protocolou, no Ministério Público Federal e no Ministério Público Estadual, um documento pedindo a imediata instauração de inquérito nos órgãos para investigar a denúncia de tortura contra o adolescente de 17 anos.

Redação SRzd

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