O líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros, do PP, entrou nesta sexta-feira (25), definitivamente, na mira da CPI da Covid-19. As revelações que se fizeram sobre ele comprometem também, diretamente, o próprio presidente Jair Bolsonaro.
O deputado Luís Miranda afirmou em seu depoimento que, quando levou a Bolsonaro, em março, os indícios de corrupção da compra da vacina indiana Covaxin, o presidente afirmou que seria “coisa” do líder do governo na Câmara: Ricardo Barros. Bolsonaro, no entanto, nada fez com relação às denúncias de irregularidades.
Os indícios de corrupção que teriam envolvimento direto de Barros são inúmeros. O aval para a aquisição da vacina foi dado por Jair Bolsonaro que, no início do ano, aprovou a compra do imunizante a um valor 1.000% maior que preço inicialmente anunciado pelo fabricante, mesmo antes de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Covaxin foi a única vacina que teve um intermediário – a Precisa Medicamentos – na negociação. Ao mesmo tempo, o governo federal rejeitou a compra da vacina da Pfizer a 10 dólares alegando preço muito alto.
Ricardo Barros é engenheiro civil e iniciou sua carreira política em 1988, quando se candidatou a prefeito de Maringá (PR) pelo PFL, tendo comandado a prefeitura da cidade até 1993.
Em 1994, se elegeu deputado federal e em 1998 se filiou ao PP. Ele seguiu se reelegendo deputado federal até 2016, quando foi nomeado como ministro da Saúde no governo golpista de Michel Temer.
Ele tem um longo histórico de lobby junto à Global Gestão de Saúde, empresa controladora da Precisa Medicamentos, que representa o laboratório indiano Bharat Biotech, produtor da Covaxin.
Quando ministro de Temer, Barros foi investigado por corrupção por compra de medicamentos sem licitação por causa de demandas judiciais da Global, que pertence ao empresário Francisco Maximiano.
Barros é autor da emenda e coordenou o lobby a partir de fevereiro deste ano para aprovação da Medida Provisória que autorizou a importação e distribuição de quaisquer vacinas, insumos ou medicamentos sem registro na Anvisa desde que aprovadas pela autoridade sanitária em outros países.
Quando ministro de Temer, Barros foi investigado por corrupção por compra de medicamentos sem licitação por causa de demandas judiciais da Global, que pertence ao empresário Francisco Maximiano.
Barros é autor da emenda e coordenou o lobby a partir de fevereiro deste ano para aprovação da Medida Provisória que autorizou a importação e distribuição de quaisquer vacinas, insumos ou medicamentos sem registro na Anvisa desde que aprovadas pela autoridade sanitária em outros países.
Como líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros coleciona declarações negacionistas relacionadas à pandemia.
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