O governador João Doria anunciou nesta sexta-feira (8) que a quarentena no Estado de São Paulo será prorrogada novamente, desta vez até o dia 31 de maio. O aumento expressivo no número de casos de Covid-19 e mortes por causa da doença fez com que os planos de reabertura da economia fossem postergados.
“Nenhum país do mundo conseguiu relaxar as medidas de isolamento social com a curva de contaminação em alta. Infelizmente, nas últimas semanas houve um desrespeito à quarentena em São Paulo e outras partes do Brasil, e o número de casos aumentou dramaticamente”, disse Doria.
De acordo com o governador, os casos de Coronavírus na Grande São Paulo aumentou 770% no mês de abril. Nas cidades do interior e do litoral paulista, o ritmo de crescimento de diagnósticos foi de 3.300%.
“Autorizar o relaxamento agora seria colocar em risco milhares de vidas, o sistema de saúde e, por óbvio, a recuperação econômica. Retomaremos sim, tão logo possível, na hora certa, na forma certa, no momento adequado e respeitando a ciência.”
No último balanço do Ministério da Saúde, de quinta-feira (7), o estado de São Paulo aparece com 39.928 casos confirmados de Covid-19, com taxa de incidência de 870 para cada 1 milhão de habitantes. Já os óbitos confirmados são 3.206, com taxa de letalidade de 70 para cada 1 milhão de habitantes.
A quarentena no estado teve início no dia 24 de março, proibindo o atendimento presencial de todos os comércios e serviços não essenciais dos 645 municípios paulistas. O decreto foi prorrogado duas vezes, o que gerou pressão de setores da economia e prefeitos para a flexibilização de suas regras.
No dia 22 de abril, o governo estadual anunciou o Plano São Paulo, que possibilitaria uma avaliação regionalizada da pandemia para possíveis medidas de reabertura plena dos comércios. Seriam monitoradas informações como crescimento de casos e mortes, capacidade do sistema de saúde e capacidade de testagem para a doença.
Outro fator importante é o isolamento social, no qual o estado de São Paulo vem observando uma adesão abaixo dos 50%. A meta do governo é de 60% e o número ideal é 70%, com o objetivo de impedir um colapso no sistema de saúde.
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