Promotora que fez campanha para Bolsonaro deixa caso Marielle

A promotora do Ministério Público Carmem Eliza Bastos de Carvalho fez pedido de afastamento voluntário das investigações do caso dos assassinatos da ex-vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes . Ela foi alvo de acusações de imparcialidade após uma foto nas redes sociais mostrá-la com uma camiseta do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha dele para as eleições.

De acordo com nota do Ministério Público, Carmen vinha tendo sua imparcialidade questionada “no que afeta sua atuação funcional, por exercer sua liberdade de expressão como cidadã”.

Na nota, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) diz que as investigações que apontaram os executores de Marielle e Anderson foram conduzidas pelas Promotoras de Justiça Simone Sibilio e Letícia Emile Petriz. A atuação de Carmen ficou limitado à ação penal em que Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são réus, diz o comunicado.

Em outra imagem publicada na internet, Carmen aparece ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim do PSL, que quebrou uma placa com o nome de Marielle Franco.

“Sua designação foi definida por critérios técnicos, pela sua incontestável experiência e pela eficácia comprovada de sua atuação em julgamentos no Tribunal do Júri, motivos pelos quais Carmen Eliza vem sendo designada, recorrentemente, pela coordenação do GAECO/MPRJ para atuar em casos complexos”, escreveu o MP.

Leia também

– Ataque de Bolsonaro a Witzel pode mudar o rumo da eleição de 2020

– Witzel nega que tenha avisado Bolsonaro no dia 9 de outubro sobre caso Marielle

– Polícia Civil rebate declaração de Bolsonaro: ‘Instituição de estado, não de governo’

– Citado em caso Marielle, Bolsonaro pede para Moro ouvir porteiro

– Deputado pede inclusão de porteiro que citou Bolsonaro no programa de proteção a testemunhas

Comentários

 




    gl