PRF muda posição sobre morte de Genivaldo: ‘Conduta isolada’

Morte de Genivaldo após atuação da Polícia Rodoviária Federal. Foto: Reprodução de vídeo

Morte de Genivaldo após atuação da Polícia Rodoviária Federal. Foto: Reprodução de vídeo

Dois dias após afirmar que agentes fizeram o uso de spray de pimenta e gás lacrimogêneo e que a morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi uma fatalidade, desvinculada da ação policial, a Polícia Rodoviária Federal disse que não compactua com as medidas adotadas por seus policiais durante a abordagem.

No dia seguinte ao episódio, a PRF divulgou nota em que afirmava lamentar a morte, mas dizia que os agentes haviam usado “técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo” após o homem ter “resistido ativamente” a uma abordagem.

+ Imprensa internacional compara caso Genivaldo com George Floyd

Em vídeo divulgado neste sábado (28), o coordenador-geral de Comunicação Institucional da corporação, Marco Territo, afirma que a ação foi uma “conduta isolada” e que o órgão não compactua “com as medidas adotadas durante a abordagem”. “Os procedimentos vistos durante a ação não estão de acordo com as diretrizes expressas em cursos e manuais da instituição”, disse na gravação.

“Assistimos com indignação aos fatos ocorridos em Umbaúba envolvendo policiais rodoviários federais que resultou na morte do senhor Genivaldo de Jesus Santos. Os procedimentos vistos durante a ação não estão de acordo com as diretrizes em cursos e manuais da nossa instituição. A ocorrência dessa última quarta-feira e a morte recente de dois PRFs no Ceará implicou na avaliação interna dos padrões de abordagens. Afirmo que já estamos estudando os nossos procedimentos de formação de aperfeiçoamento e operacionais para ajustar o que for necessário para prestar um serviço de excelência”, disse Marco Territo.

Ainda no pronunciamento, o representante da PRF ressalta que a ocorrência – além da morte de dois policiais no Ceará – levou a corporação a reavaliar os padrões de abordagem, inclusive com a convocação de especialistas multidisciplinares, e afirma que o órgão “não se furtou em agir”: “Ao tomar conhecimento, instaurou procedimento administrativo disciplinar, afastando os policiais envolvidos de todas as suas atividades”.

A morte de Genivaldo está sendo apurada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Territo diz que a PRF “não medirá esforços para colaborar com todas as investigações” e afirma que o órgão se solidariza com a família e amigos do homem morto em Sergipe. O agentes envolvidos na ação foram afastados das funções.

Assista:

Leia também:

+ Disparada de Lula faz bolsonarismo atacar Datafolha; instituto errou em 2018?

+ Fome: Brasil alcança o pior cenário em insegurança alimentar desde 2006

Comentários

 




    gl