Prestes a deixar o governo, Bebianno questiona caso de ministro do Turismo

Gustavo Bebianno. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Gustavo Bebianno. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Prestes a ser exonerado do cargo, o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, questionou o tratamento diferenciado conferido ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

No início do mês, Álvaro Antônio foi alvo de suspeitas sobre uso de candidaturas laranjas em Minas Gerais, em 2017. Na época, o ministro do Turismo era presidente do Diretório Estadual e foi mantido no cargo.

Atingido por suspeitas de uso de candidaturas laranjas pelo PSL em Pernambuco, Bebianno afirmou neste sábado (16) que sua inocência no caso é questão de “bom senso”. Entre fevereiro e novembro do ano passado, Bebianno era presidente nacional da sigla e coordenava a campanha de Jair Bolsonaro.

“Vincular (o caso de Pernambuco) não tem nada a ver comigo, isso é a lei, o estatuto do partido, é o bom senso. Como alguém na nacional pode controlar o que acontece no Acre, em Rondônia, muito que foi feito lá?”, questionou ao falar com a imprensa ao deixar o hotel onde mora, em Brasília.

Bebianno reforçou que não fez “nada de errado” e que está com a consciência “absolutamente tranquila e limpa”.

Indagado sobre como percebe o tratamento que recebeu do governo nos últimos dias e a eventual demissão, Bebianno disse que vê com “perplexidade”. “Não sou eu que dispenso o tratamento, eu estou recebendo o tratamento com perplexidade. Quem dispensa o tratamento é que tem que explicar os seus motivos”.

Embora responsabilize o diretório estadual pelas decisões da distribuição de verba, o ministro saiu em defesa do deputado Luciano Bivar, na época presidente do diretório estadual do PSL em Pernambuco. Ele disse que Bivar assume as responsabilidades por seu diretório: “Até que se prove o contrário, eu confio no Bivar, ele não fez nada de errado”.

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