Walter Delgatti Neto, considerado o líder do grupo formado por quatro pessoas que foram presas nesta terça-feira (23), confirmou à Polícia Federal ter sido responsável pela invasão dos celulares de Sergio Moro, Deltan Dallagnol e outras autoridades dos três poderes. Segundo a PF, pelo menos mil celulares foram clonados.
Segundo a colunista Bela Megale do jornal “O Globo”, Walter permitiu que a PF tivesse acesso a todos os seus arquivos armazenados em nuvem e confirmou aos investigadores que o material divulgado pelo site “Intercept Brasil” é fruto do ataque cibernético.
Supostas mensagens que teriam sido trocadas entre Sergio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol foram publicadas pelo site “The Intercept Brasil” e indicariam uma colaboração entre o ministro, à época das mensagens juiz responsável pelos processos da operação Lava Jato em Curitiba, e os procuradores.
Moro e Dallagnol negam quaisquer irregularidades e afirmam que as alegadas mensagens, cuja autenticidade não reconhecem, foram obtidas por meio da atuação criminosa de um hacker, assim como terem sido alvo de adulterações e edições.
Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, outro preso nesta terça-feira (23), o DJ Gustavo Henrique Elias Santos, de 28 anos, disse a seu advogado que um amigo também preso mostrou a ele mensagens de autoridades obtidas ilicitamente. Elias Santos e sua mulher, Suelen Oliveira, também detida, negaram ao advogado qualquer participação no ataque hacker a celulares de autoridades.
Segundo parecer do Ministério Público Federal (MPF), os hackers exploraram uma falha que seria comum a todas as operadoras de telefonia, “as chamadas em que o número de origem é igual ao número de destino são direcionadas diretamente para a caixa postal, sem necessidade de inserção de senha de acesso ao conteúdo das mensagens gravadas”, diz trecho do documento.
Através dessa falha, os suspeitos teriam utilizado serviços de tecnologia Voip, de ligações de voz pela internet, que permite alterar o número de origem, para simular ligações do número de Moro para o próprio celular, com o objetivo de direcionar essa chamada para a caixa postal. A intenção de acessar a caixa postal do ministro seria obter o código de acesso ao Telegram Web, programa utilizado no computador para acessar o aplicativo de mensagens Telegram.
O ministro da Justiça usou o Twitter para parabenizar a ação da PF, do MPF e da Justiça Federal. No texto, Moro aponta os presos como sendo fonte das reportagens divulgadas pelo site “The Intercept Brasil” sobre trocas de mensagens entre o ministro, quando ainda era juiz, e integrantes da Lava Jato em Curitiba.
Já o jornalista Leandro Demori, do “The Intercept Brasil”, também usou a rede social para responder o ministro. Sem confirmar ou negar que os presos tenham servido como fonte para reportagens do site, ele afirma que a conclusão “fica por conta” de Moro: “Nunca falamos sobre a fonte. Essa acusação de que esses supostos criminosos presos agora são nossa fonte fica por sua conta. Em um país sério, o investigado seria você”.
Crimes “repulsivos” e confissão
De acordo com o juiz Vallisney de Oliveira, de Brasília, que autorizou a operação realizada na terça-feira (23), há “fortes indícios” de que os suspeitos formaram uma organização criminosa para violar o sigilo de autoridades. Por classificar o crime como “repulsivo”, Vallisney decretou a prisão temporária dos quatro suspeitos.
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