Presidente da Fundação Palmares é acusado de assédio moral, discriminação e perseguição ideológica

Sérgio Camargo. Foto: Reprodução Facebook

Sérgio Camargo. Foto: Reprodução Facebook

Uma ação do Ministério Público do Trabalho pede o afastamento de Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, por assédio moral, perseguição ideológica e discriminação.

Relatos de 16 servidores e ex-funcionários revelam uma rotina de humilhação e terror psicológico. A ação foi protocolada na sexta-feira (27), informou o G1.

Camargo já foi denunciado anteriormente pelo teor racista de declarações, tais como “Máquina zero obrigatória para a negrada”; “Negro de esquerda é burro” “A escravidão foi terrível, mas benéfica para os descendentes”.

Essas frases foram questionadas na Justiça e até pela Organização das Nações Unidas e repudiadas pelo movimento negro.

De acordo com os funcionários, concursados teriam pedido demissão por causa de um clima de terror psicológico criado na instituição sob o comando do atual presidente do órgão, que perseguiria o que ele define por “esquerdistas”.

O MPT pediu o afastamento de Camargo, além do pagamento de uma indenização de 200 mil reais por danos morais, segundo o programa “Fantástico” da Rede Globo.

Paulo Neto, procurador do MPT do Distrito Federal, explicou que a investigação teve início em março deste ano, depois de diversas denúncias feitas ao órgão de perseguição ideológica.

O procurador disse que “há relatos de trabalhadores que desenvolveram síndrome de pânico, que tinham ansiedade, que pediram para sair da Fundação, servidores concursados, em função do clima degradado e em função da discriminação praticada”.

Nas redes sociais, o presidente da Fundação se manifestou sobre temas relacionados à denúncia. No Twitter, ele escreveu que “ter orgulho do cabelo é ridículo para o negro” e que o negro orgulhoso de seu cabelo é um “fracassado a serviço do vitimismo”.

A reportagem pediu uma resposta de Camargo sobre o caso. A solicitação não foi atendida. No Twitter, ele escreveu que as perguntas feitas pela reportagem são difamatórias e caluniosas.

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