Presidente do PT classifica gestão anterior como desgoverno da morte

Entrega de Vacinas do Instituto Butantan para o PNI. Foto: Governo do Estado de São Paulo

Levantamento do Ministério da Saúde aponta que 28.604.735 doses de diferentes imunizantes foram descartados pelo governo Federal por estarem vencidas. A estimativa de prejuízo aos cofres públicos é de R$ 250 milhões e as vacinas vencidas correspondem aos lotes entre 2019 a 2022.

Diante deste cenário, a presidente do Partido dos Trabalhadores, a deputada Federal pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, comentou no Twitter nesta segunda-feira (20):

Remédios de alto custo, 39 milhões de vacinas da covid de R$ 2 bi e 999,7 mil canetas de insulina de R$ 15 mi da gestão do genocida foram pro lixo. Só ficamos sabendo com o fim do sigilo. Esse foi o desgoverno da morte e do desperdício de dinheiro público que não cuidou do povo.

— Gleisi Hoffmann (@gleisi) March 20, 2023

Somadas às 39 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 que foram jogadas no lixo pelo mesmo motivo, mais de 67 milhões de doses de imunizantes não foram utilizadas e venceram no estoque do Ministério da Saúde. O montante total soma um prejuízo de R$ 2,3 bi, considerando todos os imunizantes desperdiçados e os custos com incineração.

De acordo com dados da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, a quantidade de doses de vacinas desperdiçadas por categoria foi:

BCG – 11.809.800 doses
Dupla viral – 10.230.220 doses
Pentavalente – 3.518.014 doses
Tetra e tríplice viral – 2.317.201 doses
Febre amarela – 365.305 doses
Influenza – 329.860 doses
Poliomielite – 31.335 doses

Além das vacinas, o Ministério da Saúde descartou 999,7 mil canetas de insulina de ação rápida durante a gestão do ex-presidente. Avaliados em quase R$ 15 milhões, os medicamentos perderam a validade entre setembro de 2020 e junho de 2021. Os lotes eram parte de uma compra de R$ 4 milhões, feita em 2018. Os produtos vencidos foram incinerados, o que custou mais R$ 64 mil aos cofres públicos.

A perda de vacinas, medicamentos e outros insumos “reflete o descaso do governo anterior, que negou à equipe de transição informações sobre estoques e validade desses produtos”, comentou o Ministério da Saúde em nota enviada à imprensa.