Presidente de clube é contra parar Brasileirão: ‘Ficar sofrendo e chorando?’

Água invade a Arena do Grêmio. Foto: Reprodução de vídeo

Água invade a Arena do Grêmio. Foto: Reprodução de vídeo

Presidente do Atlético-GO, Adson Batista afirmou ser solidário às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, mas rechaçou a ideia de paralisar a disputa do Campeonato Brasileiro. “Penso que não é solução parar o campeonato. Parar por quê? Para podermos ficar aqui sofrendo e chorando?”, questionou o dirigente ao Globo Esporte.

O Rio Grande do Sul tem três representantes na Série A da competição: Juventude (de Caxias do Sul), Grêmio e Internacional (ambos de Porto Alegre). Para Adson, paralisar o calendário nacional do futebol brasileiro em solidariedade aos gaúchos criaria um problema para os demais clubes de fora do estado.

“Não adianta. Não adianta criar um problema em cima de outro. Temos que continuar o campeonato, dar apoio aos irmãos do Sul, mas sem prejudicar a competição”, prosseguiu Batista.

“Senão vamos passar pelos mesmos problemas da época da Covid-19. Com jogos cedo, à tarde e à noite. Time emergente como o Atlético-GO não tem estrutura para jogar um campeonato com bom nível pensando dessa forma”, completou o dirigente do clube que já teve um jogo adiado, pois enfrentaria o Juventude na última segunda-feira (6), em Caxias do Sul.

O presidente do Dragão ressaltou que lamenta a tragédia, mas ponderou que um grande problema não justifica outro grande problema.

“É uma catástrofe e todos nós sentimos muito por nossos irmãos brasileiros e pelo o que estão passando. Só que na minha opinião, um problema grande não justifica criar outro grande problema. O país é continental. Temos 20 clubes na Série A do Brasileiro. Os outros 17 vão ter que ser sacrificados?”, questionou.

A CBF anunciou nesta terça-feira (7) o adiamento dos jogos de todos os clubes gaúchos por 20 dias nas competições nacionais femininas e masculinas. Contudo, manteve agendadas as partidas de equipes de outros estados.

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