Pré-candidato propõe gestão mais profissionalizada na segurança pública

Marcelo Trindade. Foto: Marcos Andre Pinto

Marcelo Trindade. Foto: Marcos Andre Pinto

O pré-candidato a governador do Rio de Janeiro pelo Partido Novo, Marcelo Trindade, e sua vice na chapa, Carmen Migueles, defenderam a profissionalização da segurança pública e o fim da influência política nas polícias. Na primeira entrevista coletiva após a homologação de seu nome pela convenção regional, Trindade disse que a eleição deste ano é “histórica, porque oferece uma oportunidade de retomada do governo do estado pela população do Rio de Janeiro”. Ele abordou temas como geração de empregos, segurança pública, atraso de salários de servidores e financiamento próprio de campanha.

O pré-candidato do Novo fez críticas a partidos que trocam tempo de propaganda na TV por cargos e poder. “O Novo não utiliza o fundo partidário, o fundão eleitoral. É o único partido que faz isso. É um exemplo mínimo que o partido tem que dar para a população, que não aguenta mais que o seu dinheiro, pago em impostos para sustentar a máquina pública, seja utilizado em benefício de uns poucos velhos políticos”, analisou Trindade. “Em vez de dificultar, (o financiamento próprio) engrandece a nossa caminhada e mostra para a população o nosso compromisso”.

Segurança Pública

Trindade vê a falta de segurança pública como entrave ao desenvolvimento econômico e, principalmente, um pesadelo para as pessoas que vivem aqui, em todas as regiões do estado.

“Em todas as áreas do Estado nós sofremos com grandes problemas de segurança. A segurança pública tem que ser profissionalizada, a influência política tem que desaparecer das polícias. É preciso que as polícias sejam conduzidas pelos homens de bem que há nas duas polícias, civil e militar, e que essas pessoas tenham mandato, tenham confiança e planejamento para executar aquilo que sabem fazer, de modo a reconduzir o estado a uma situação de segurança”.

O pré-candidato do Novo garantiu que o seu governo vai “apoiar fortemente” as polícias. “Evidentemente, segurança pública não é só um caso de polícia, e sim um caso que envolve educação, emprego, oportunidades. É claro que tudo isso tem que ser providenciado, tem que ser foco do Estado. Mas a verdade é que, na situação atual alarmante de segurança do Rio, é preciso prover a polícia de mandato, de apoio, e é preciso ser muito rigoroso, seja com as condutas da própria polícia, seja com as condutas dos bandidos.”

Desenvolvimento econômico e geração de empregos

Para Trindade, o Estado só pode retomar o desenvolvimento econômico e a geração de empregos a partir de uma gestão técnica e ética, que resgate a confiança dos empresários em investir no Rio.

“O Rio de Janeiro tem um enorme potencial de tecnologia, um enorme potencial de conhecimento, universidades de ponta, gente muito bem formada. O que nós precisamos é de um governo sério, focado naquilo que tem que fazer, abrindo espaço para que a iniciativa privada possa realizar as suas vocações e os seus talentos, permitindo, com a estabilidade jurídica, com a seriedade administrativa, com a gestão adequada do interesse público, que o investimento privado aconteça.”

Servidores e salários atrasados

Quanto ao atraso de salários de servidores nos últimos anos, motivado por gastos acima da capacidade do Estado, a crítica aos gestores públicos foi firme: “O Estado do Rio de Janeiro sofreu a vergonha de não conseguir pagar os seus servidores públicos. Esses servidores sabem muito bem o que é uma gestão nefasta de um Estado. Isso redundou no não cumprimento da obrigação mínima de qualquer estado ou empregador, que é prover salário para o seu servidor. É preciso que isso seja reconhecido e enfrentado.”

Plano de recuperação fiscal do Rio de Janeiro

“É preciso eliminar os privilégios nessa máquina. É preciso fazer com que os servidores que trabalham, que merecem ser pagos, sejam pagos, e não que o dinheiro público seja utilizado para arcar com benefícios e privilégios de poucos, o que não faz sentido para os servidores públicos e, muito menos, para a população do estado”.

Convenção aprova chapa para Executivo e Legislativo

Além da chapa com Marcelo Trindade e Carmen Migueles para governador e vice, a convenção do Novo-RJ, formada por integrantes do Diretório Estadual, aprovou também a nominata com 20 pré-candidatos a deputado federal e 28, a estadual. A lista será encaminhada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para registro das candidaturas.

O Novo foi criado em 2015. No mesmo ano, foram instalados os diretórios estadual e municipal da capital. O partido tem núcleos em outras nove cidades do Estado do Rio de Janeiro. É sua primeira participação em eleições nos âmbitos nacional e estadual. A pré-candidatura de João Amoêdo a presidente será homologada no próximo sábado, dia 4 de agosto.

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