Postos de combustíveis registram filas; supermercados descartam risco de desabastecimento

Posto de combustível e sacola em supermercado. Foto: Reprodução/Facebook/Pikist

Motoristas enfrentam filas em diversas cidades do país, temendo que os bloqueios promovidos por caminhoneiros bolsonaristas em rodovias federais de 15 estados provoquem desabastecimento. Há registros de filas em postos de Santa Catarina, Tocantins, Pernambuco, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.

Os bloqueios começaram na terça-feira (7) durante os protestos antidemocráticos em Brasília e em São Paulo.
As pautas da manifestação são, além da redução do preço dos combustíveis, a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal, e a instalação do modelo de voto impresso.

Mesmo depois do pedido de Bolsonaro, através de áudio, para desmobilização, os caminhoneiros mantiveram os bloqueios.

O Ministério da Infraestrutura divulgou nesta quinta-feira (9) uma lista de avenidas em que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) conseguiu convencer os caminhoneiros a abandonarem a paralisação. O próprio presidente Bolsonaro já pediu a dispersão alegando prejuízo para a economia, mas alguns ainda persistem.

Veja a lista:

BR-116/Bahia (Feira de Santana)
BR-101/Bahia
BR-101/Sergipe
BR-101/ Espírito Santo
BR-101/Pernambuco (Igarassu)
BR-116/Rio Grande do Sul (Vacaria e Turuçu)
BR-392/Rio Grande do Sul (Pelotas)
BR-040/Minas Gerais
BR-116/Rio de Janeiro (Dutra/Barra Mansa)
BR-040/Rio de Janeiro (sede da Reduc)
BR-376/Paraná BR-153/Goiás (Anápolis)

Supermercados

O vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, afirmou nesta quinta-feira (9) que não há risco de desabastecimento. O pronunciamento veio em meio ao bloqueio de rodovias federais por caminhoneiros apoiadores do governo Bolsonaro.

“O movimento é pontual e está em algumas localidades. Não temos nenhum indicativo de que a movimentação vai se alongar por mais de dois dias”, afirmou Mian ao R7. Em sua avaliação, o movimento “não está se firmando”.

“Estamos monitorando junto ao governo federal no sentido de identificar possíveis movimentos. Por enquanto, não corremos o risco de abastecimento. Não há necessidade de o consumidor correr para fazer estoques”, apontou.

Milan ressaltou que, mesmo com a continuação do movimento, as lojas estão “abastecidas, programadas”.

Entretanto, para a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), representante de 10,5 mil empresas que operam uma frota superior a 1 milhão de caminhões, o panorama é outro. Em nota publicada nessa quarta-feira (8), a entidade afirmou que a greve pode ter “graves consequências para o abastecimento de estabelecimentos de produção e comércio”.

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