Wajngarten na CPI: xingamento e pedido de apuração ao MPF marcam sessão

Wajngarten na CPI. Foto: Reprodução da TV

A reunião da CPI da Covid-19, que apura ações e possíveis omissões do governo Federal no enfrentamento da pandemia no Brasil teve, nesta quarta-feira (12), o seu dia mais emblemático e de maior repercussão, com o depoimento de Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do Palácio do Planalto.

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No momento mais tenso, aconteceram ataques verbais do senador Flavio Bolsonaro (Republicanos), ao relator da comissão, Renan Calheiros (MDB), quando Flavio xingou Renan de “vagabundo”. Por sua vez, o parlamentar das Alagoas reagiu, dizendo que um dos filhos do presidente da República roubou.

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O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD), determinou que fossem retirados dos anais do Senado Federal os ataques de Flavio Bolsonaro, em pedido feito na retomada da sessão, já no início desta noite. Mais cedo, Renan havia sugerido a prisão de Fábio por falso testemunho.

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Nessa esteira, Aziz anunciou que atendeu pedido de apuração, feito pelo senador Humberto Costa (PT), ao Ministério Público Federal, no Distrito Federal:

“Trata-se de percepções de diversos senadores sobre o depoimento da testemunha ouvida na data de hoje, sendo certo que cabe ao ilustre MPF, nos termos do § 3º do art. 58 da Constituição Federal e do art. 151 do Regimento Interno do Senado Federal, a responsabilização civil ou criminal do infrator”, diz trecho do despacho.

Aziz ainda afirmou que Wajngarten fez um depoimento controverso, diante de entrevista dada para a revista Veja, recentemente. Na ocasião, Fábio culpou o ministério da Saúde pelo atraso da chegada das vacinas contra o novo coronavírus no país.

A revista Veja divulgou, ainda enquanto se desenrolava o depoimento, trecho do áudio no qual Wajngarten classificaria como “incompetência” as negociações do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para a compra de vacinas da Pfizer. Segundo o ex-secretário, a pasta agiu de maneira “incompetente” e houve “ineficiência”:

“Quando você tem um laboratório americano com cinco escritórios de advocacia apoiando uma negociação que envolve cifras milionárias e do outro lado um time pequeno, tímido, sem experiência, é isso que acontece”, opinou na entrevista à Veja.

Wajngarten deixou o comando da Secom em março, após supostos atritos com o então responsável pelo ministério, o general Pazuello, que também foi demitido.

“Precisávamos da maior quantidade de vacinas no menor tempo possível. E dinheiro nunca faltou. Se o contrato com a Pfizer tivesse sido assinado em setembro, outubro, as primeiras doses da vacina teriam chegado no fim do ano passado”, afirmou na época.

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