Partido do candidato Jair Bolsonaro questiona urnas e TSE rebate acusações

Tribunal Superior Eleitoral. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Tribunal Superior Eleitoral. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O PL, partido do candidato à reeleição Jair Bolsonaro, divulgou, nesta quarta-feira (28), relatório que contesta a segurança do sistema eleitoral do país, vigente desde 1996.

O documento de duas páginas chama-se Resultados da Auditoria de Conformidade do PL e afirma haver um “quadro de atraso” no TSE em relação a “medidas de segurança da informação”, o que geraria “vulnerabilidades relevantes”.

Ainda segundo o documento, essas falhas podem “resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, com grave impacto nos resultados das eleições de outubro”.


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O Tribunal Superior Eleitoral rebateu as informações e classificou as conclusões do documento como “falsas e mentirosas, sem nenhum amparo na realidade”. A Corte ainda afirmou que o parecer traz “informações fraudulentas e atentatórias ao Estado Democrático de Direito” e tem o objetivo de “tumultuar o curso natural do processo eleitoral”.

O texto informa que o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou a “apuração de responsabilidade criminal dos idealizadores” do documento e a “instauração de procedimento administrativo” contra o PL e seus dirigentes em “um eventual desvio de finalidade na utilização de recursos do fundo partidário”.

Antes, a Justiça Eleitoral já tinha descartado a possibilidade de invasões, argumentando que as urnas eletrônicas não são ligadas à internet, tampouco são conectadas entre si, o que impossibilita qualquer intrusão interna por um hacker.

Horas antes da divulgação do documento, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, preso e condenado no escândalo do Mensalão, esteve no TSE reunido com Moraes.

Hoje, Alexandre recebeu o ministro da Defesa e entidades na sala de totalização dos votos no TSE. “É importante esclarecer que essa sala não conta votos. Não é contagem manual de votos. A partir do momento em que cada urna eletrônica é finalizada, já sai o boletim de urna com os votos. Isso entra no sistema, que faz a totalização a partir do programa que nós mesmos lacramos no dia 2 de setembro. Ou seja, não há participação humana nisso”, explicou Moraes.

Estiveram na visita, além do general Paulo Sérgio Nogueira, uma equipe técnica de militares, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, e o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco. Todos os presidenciáveis foram convidados por Moraes, mas nenhum compareceu.

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