‘Não vai mudar’, diz Calheiros sobre indiciamento de Bolsonaro por 11 crimes

Renan Calheiros e Jair Bolsonaro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Diante da existência de divergências de senadores acerca do relatório final da CPI da Covid-19, o relator da comissão, senador Renan Calheiros, confirmou na manhã desta segunda-feira (18) que o pedido de indiciamento de Jair Bolsonaro por 11 crimes não será alterado. Dentre eles, constará o crime de homicídio.

“Há 20 dias eu dei uma entrevista à Folha de São Paulo e disse que do meu ponto de vista, do meu ponto de vista, serão 11 tipos penais escolhidos”.

“Isso vai mudar no relatório?”, questionou a reportagem da CNN Brasil. Renan Calheiros, então, respondeu: “isso não vai mudar. Isso continua. O presidente da República, com relação a homicídio, é porque ele deixou de cumprir seu dever ao não evitar mortes que eram evitáveis. O Código Penal é luminar com relação a isso. Isso é crime de homicídio, caracterizado. Homicídio comissivo por omissão. Está caracterizado o crime de homicídio”.

O senador ainda minimizou as críticas em torno dos vazamentos do relatório: “Essa coisa de vazar, se vazou, por que vazou; não dá para discutir isso no século XXI. Um relatório que estava pronto há dois meses em alguns aspectos teria que vazar mesmo. Tem 50 pessoas, entre consultores, assessores de parlamentares, parlamentares, envolvidas na discussão do relatório, do parecer. A investigação foi pública em todos os momentos. As minhas posições são públicas e defendidas todas as vezes”.

Relatório final será lido na próxima quarta-feira

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz, usou as redes sociais neste domingo (17) para explicar o motivo do adiamento da leitura do relatório final da comissão. Segundo ele, a sugestão partiu de juristas que foram ouvidos pelos senadores. A comissão deve pedir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por 11 crimes.

Segundo o jornalista Igor Gadelha, do site “Metrópoles”, o relatório final da comissão será lido na próxima quarta-feira (20). A votação, no entanto, ocorrerá na terça-feira da semana que vem (26).  Até então, a previsão era de que a leitura ocorresse na terça-feira (19).

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