Mandetta na CPI: ‘410 mil vidas me separam de Bolsonaro’

Luiz Henrique Mandetta. Foto: Reprodução do YouTube

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), respondeu perguntas dos senadores, nesta terça-feira (4), durante o primeiro depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito, que investiga ações e possíveis omissões do governo Federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19.

Em sessão que se estendeu das 10h até às 18h30, Mandetta foi questionado por parlamentares em torno de sua atuação no comando da pasta, durante janeiro de 2019 até abril de 2020. Por governistas, minoria no colegiado, foi indagado sobre a negação da indicação de qualquer tipo de tratamento precoce contra a Covid, com cloroquina e ivermectina, por exemplo. Já os oposicionistas, tentaram arrancar algo contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Sem grandes novidades diante de tudo que já havia sido dito, tanto por ele, quanto por Bolsonaro, antes, durante e depois da presença de Mandetta no ministério, a reunião transcorreu sem maiores embates, em clima de absoluto respeito e cordialidade, na maior parte do tempo, exceto por um pequeno entrevero entre Randolfe Rodrigues (Rede) e Ciro Nogueira (PP) sobre procedimentos técnicos da comissão.

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Bem articulado, Mandetta explicou que, quando conversava com Bolsonaro e explicava a situação provocada pela pandemia, seu ponto de vista e a forma como o governo deveria se portar diante da doença, o presidente “demonstrava entender e dizia que colaboraria, mas passava-se o tempo e o presidente fazia aglomerações”.

O médico ainda defendeu que o coronavírus se “transformou em um ataque global” e mandou um recado ao presidente, de quem virou opositor após sua exoneração: “Não há nenhum raciocínio individual que prevaleça sobre o raciocínio coletivo. Como cidadão, eu posso criticar. Mesmo após eu ter saído, ter visto ele negar o uso de máscaras, higiene das mãos, a compra de vacinas. Uma série de negações, negações. Eu, como cidadão, 410 mil vidas me separam do presidente até o dia de hoje”, afirmou.

Na fala mais contundente contra Bolsonaro, Mandetta disse que o presidente sabia das projeções de 180 mil mortos pela Covid-19 até o final de 2020: “Alertei sistematicamente, mostrei as projeções, erramos por 11 mil, tínhamos previsto 191 mil”, pontuou.

Ao longo de sua fala, por diversas vezes registrou que tomou decisões com base em três pilares: a defesa intransigente da vida, o SUS como meio para atingir os objetivos e a ciência como elemento de decisão.

Amanhã, o sucessor de Mandetta, Nelson Teich, conversa com os senadores. Já o general Eduardo Pazuello, que substituiu Teich no ministério, alegou ter tido contato com pessoas infectadas pelo novo coronavírus e prefere manter a quarentena de 14 dias, por isso, teve seu depoimento adiado para 19 de maio.

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