Lula explica mudança no comando do Exército e reafirma função dos militares

Lula e Miguel Paiva. Foto: Ricardo Stuckert

Lula e Miguel Paiva. Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (23), durante agenda oficial na Argentina, que “não foi possível dar certo” a relação com o ex-comandante do Exército, o general Júlio César de Arruda, demitido do cargo no último sábado (21).

Arruda foi substituído pelo general Tomás Ribeiro Miguel Paiva. A troca no comando aconteceu em meio a uma crise entre o Executivo e o Exército após os atos golpistas de 8 de janeiro.

“Eu escolhi o comandante do Exército e não foi possível dar certo. Eu tirei e escolhi outro comandante e tive uma boa conversa com o comandante, e ele pensa exatamente tudo o que eu tenho falado com a questão das Forças Armadas. As Forças Armadas não servem a um político, ela não existe para servir a um político. Ela existe para garantir a soberania do nosso país, sobretudo contra possíveis inimigos externos e para garantir tranquilidade ao povo brasileiro”, disse o petista.

No sábado, o Ministro da Defesa, José Múcio, disse que houve uma “fratura” na confiança. “Evidentemente que depois desses últimos episódios, a questão dos acampamentos e a questão do dia 8 de janeiro, as relações, principalmente no Comando do Exército, sofreram uma fratura no nível de confiança, e nós achávamos que nós precisávamos estancar isso logo de início, até pra que nós pudéssemos superar esse episódio”, disse na ocasião.


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