Romero Jucá deixa cargo por discordar de medidas de Temer sobre venezuelanos

Romero Jucá. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Romero Jucá. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O senador Romero Jucá (MDB-RR) anunciou, na última segunda-feira (27), sua saída da liderança do governo no Senado. Atitude foi divulgada por meio de uma publicação em sua conta pessoal no Twitter. Na publicação, Jucá afirma que desligamento se deu por discordar de medidas tomadas pelo presidente Michel Temer em relação a crise imigratória que envolve os venezuelanos.

“Acabo de comunicar ao presidente Michel Temer que deixo a Liderança do Governo por discordar da forma como o governo federal está tratando a questão dos venezuelanos em Roraima”, escreveu o senador na rede social. A saída de Jucá do cargo foi comunicada primeiramente a Temer durante uma reunião no Palácio do Planalto.

Desde o agravamento da crise na Venezuela, o senador tem demonstrado uma posição contrária a entrada de imigrantes no Brasil. Nas últimas semanas, Jucá propôs medidas para fechar a fronteira venezuelana no estado de Roraima; estado da região Norte é principal porta de entrada de imigrantes venezuelanos no país.

Neste ano, Romero Jucá é novamente candidato a reeleição ao Senado pelo estado de Roraima. O senador garantiu que sua atitude não tem relação com tentativa de reeleição.

Para Temer, fechar fronteira é “incogitável e inegociável”

Com o aumento da entrada de venezuelanos no Brasil, aumentou também a pressão sobre o governo federal para fechar fronteiras com o país vizinho. No entanto, o presidente Michel Temer tem mantido uma posição firme na acolhida de imigrantes que fogem da crise política e econômica que atinge a Venezuela. Durante evento no último sábado (25), Temer garantiu que as fronteiras com o país continuarão abertas.

– Governo não fixará limites para entrada de refugiados da Venezuela

O presidente também anunciou reforços para a assistência à saúde em Roraima, estado que sofre o maior impacto do fluxo migratório. Temer disse, ainda, que as fronteiras brasileiras estão abertas para acolher imigrantes venezuelanos e que limitar a entrada de estrangeiros é “incogitável e inegociável”.

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