Eleições 2022: Para onde vão os votos do ex-ministro Sergio Moro?

Interior do Palácio do Planalto. Foto: Reprodução

Interior do Palácio do Planalto. Foto: Reprodução

O processo eleitoral para este ano está longe de estar definido. Com movimentações importantes nesta quinta-feira (31), a disputa pelo Palácio do Planalto perdeu um de seus principais atores.

O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Sergio Moro, decidiu trocar o Podemos pelo União Brasil, pela manhã.

Nesta tarde, Moro, após a nova sigla do ex-juiz dizer que ele não teria espaço para disputar à Presidência da República em 2022 pela legenda, informou, em nota, que abriu mão de sua candidatura. Moro deve ser candidato ao Congresso Nacional, como deputado Federal, puxando votos para o União Brasil, buscando eleger uma grande bancada na Câmara dos Deputados.

Em todas as pesquisas divulgadas até o momento sobre intenção de voto ao cargo máximo da República neste ano, Moro não conseguiu tornar-se o nome da chamada “terceira via”, ocupando sempre o quarto ou terceiro lugares, praticamente empatado com Ciro Gomes (PDT).

A nova decisão do ex-ministro, desmente suas próprias afirmações de que não desistiria de disputar as eleições presidenciais, num movimento que vai na mesma direção de outras “convicções” suas, como a de que nunca entraria na política institucional.

Doria não desiste e segue na disputa

Em evento na tarde desta quinta, no Palácio dos Bandeirantes, a sede do governo Paulista, o PSDB confirmou a candidatura de João Doria à Presidência da República.

Na ocasião, Rodrigo Garcia, vice de Doria, também teve seu nome garantido para ser o tucano na disputa pela reeleição. A sigla governa o maior estado da Federação desde 1994.

A possibilidade do governador de São Paulo desistir de sua candidatura à presidente da República – assunto que gerou grande repercussão no meio político – fez com que o presidente do partido, Bruno Araújo, emitisse uma posição oficial da sigla.

Em nota pública, Araújo reafirmou que: “O candidato a presidente da República do PSDB é o governador do estado de São Paulo, João Doria, que foi escolhido democraticamente em prévias nacionais realizadas em novembro de 2021. As prévias serão respeitadas pelo partido. O governador tem a legenda para disputar a Presidência da República e não há, nem haverá, qualquer contestação à legitimidade de sua candidatura pelo partido. Aproveito a oportunidade para reafirmar o compromisso do PSDB com o processo democrático brasileiro. O PSDB é consciente de seu protagonismo em contribuir com o fim da polarização hoje existente no país”.

Para onde vão os eleitores de Moro?

Embora com uma pontuação tímida nas pesquisas presidenciais, aqueles que declaravam voto em Moro neste ano podem decidir o jogo do xadrez eleitoral.

Porém, é bastante improvável traçar qual o destino do voto destes eleitores. Moro é considerado um traidor do bolsonarismo por deixar o ministério da Justiça e ainda acusar o presidente Bolsonaro de interferência na Polícia Federal.

Na outra ponta da polarização política, o ex-juiz é o algoz do petismo e, sobretudo, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem condenou no âmbito da Operação Lava Jato.

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