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Eduardos: um, se solidariza com repórter; o outro, saúda ditador assassino

Controverso. O deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PL) é figura controversa em relação aos seus posicionamentos ao longo de sua carreira na vida pública, catapultada pela popularidade do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que encontro num nicho mais radical da sociedade brasileira a possibilidade de visibilidade institucional.

Há pouco tempo, durante discurso em uma comissão da Câmara dos Deputados, usou seu tempo para saudar o príncipe saudita Muhammad bin Salman, acusado de matar o jornalista americano Jamal Khashoggi, em 2018.

“Realizei viagens ao Oriente Médio, onde contribuí para o melhoramento substancial das nossas relações, não só com Israel, como também com os países árabes. Exemplo objetivo desse trabalho é o acordo com o Fundo de Investimento Público saudita para explorar oportunidades no Brasil de investimentos mutuamente benéficos em até US$ 10 bilhões. Obrigado, príncipe Muhammad bin Salman”, disse na ocasião.

A fala aconteceu na despedida da sessão de instalação da Comissão de Relações Exteriores, a qual presidia. Um ex-correspondente do Washington Post e crítico do governo saudita, Khashoggi foi assassinado dentro da embaixada da Arábia Saudita na Turquia. Muhammad bin Salman se tornou um dos suspeitos.

Um relatório do gabinete do diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos — país também admirado por Eduardo e pelos bolsonaros, que chegaram a bater continência para bandeira americana — culpou o príncipe saudita pela morte.

“Avaliamos que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Muhammad bin Salman, aprovou uma operação em Istambul, na Turquia, para capturar ou matar o jornalista saudita Jamal Khashoggi”, afirmou o relatório.

Nas últimas horas, na mesma Casa legislativa, Eduardo, que como o pai também é admirador de um expoente torturador da Ditadura Militar no Brasil, atacou o presidente Lula e seu governo por terem recebido o líder venezuelano Nicolás Maduro e saiu em defesa da jornalista Delis Ortiz. A profissional é contratada da Rede Globo, a quem os bolsonaros e seus seguidores repetidamente chamam de “lixo”.

Nesta sexta-feira (2), porém, o GSI identificou que o suposto agressor da jornalista é de uma organização militar do Exército Brasileiro e não um integrante da comitiva do presidente Maduro.

A admiração e relação próxima entre os bolsonaros e os sauditas é de tal monta, que o principado ofereceu presentes milionários à família e que são alvo de investigações. Com a Venezuela, assim como com outros países da América do Sul e do mundo comandados por regimes progressistas, o governo anterior preferiu fechar diálogo, deixando o Brasil na última quadra, em posição de completo isolamento diplomático.

 

Redação SRzd

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