O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está passando o feriado de Nossa Senhora Aparecida no Guarujá, cidade do litoral Sul do Estado de São Paulo.
Nesta segunda-feira (11) foi de moto até a praia da Enseada, onde encontrou apoiadores, visitou um quiosque e posou para fotos.
Jornalistas que cobrem a estadia de Bolsonaro no município, fizeram perguntas ao presidente. Ele afirmou que sua gestão está revitalizando a malha ferroviária brasileira e questionou uma repórter sobre qual meio de transporte era mais caro, trem ou caminhão. Nesta troca de palavras, disse “ser foda” discutir com a imprensa e avaliou que os profissionais não aprenderam nada (na universidade). Ainda em clima de confronto e deboche, respondeu sobre a polêmica envolvendo o veto da lei de fornecimento pelo governo Federal de absorventes para adolescentes e mulheres em situação de vulnerabilidade:
“Eu sou escravo das leis, eu não posso sancionar uma coisa se não tiver uma fonte de recursos com responsabilidade. Estaria respondendo a um impeachment agora. Agora a deputada que apresentou o projeto apresenta para o prefeito este projeto sem apresentar a fonte de custeio. Se derrubarem o meu veto, vão ter que tirar de outras pautas. De onde? Não sei. Não é fácil”, defendeu.
Bolsonaro sancionou o projeto de lei que institui o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, mas vetou a principal medida, que garantia o recurso para distribuição do produto.
O PL, de autoria da deputada Federal Marília Arraes (PT) e relatado no Senado Federal por Zenaide Maia (PROS), pretendia ajudar 5,6 milhões de mulheres que menstruam.
Parlamentares estimam um custo de aproximadamente R$ 119 milhões ao ano. Segundo Arraes, há previsão de centro de custo para viabilizar o projeto. Ele entraria no orçamento do Sistema Único de Saúde que, segundo a petista, será incrementado em cerca de R$ 3 bilhões, com o reajuste previsto para o SUS pelo índice IPCA. Bolsonaro justificou o veto justamente por dizer aos seus apoiadores, na noite de quinta passada, que não havia essa previsão.
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu, na sexta-feira (8), o veto de Bolsonaro e questionou: “Prioridade é vacina ou absorvente?”.
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