Lula questiona diferença de tratamento entre Venezuela e Arábia Saudita

Diante das críticas, Lula questiona tratamento para Venezuela e Arábia Saudita. Foto: Ricardo Stuckert

Duas medidas. Em entrevista coletiva concedida na noite desta terça-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu críticas feitas a presença do presidente venezuelano Nicolás Maduro no Brasil para o encontro entre líderes da América do Sul realizado hoje.

“Sempre defendi a ideia de que cada país é soberano para decidir modelo político, coisas internas. A mesma exigência que o mundo faz para a Venezuela, não faz para a Arábia Saudita. É muito estranho. Eu quero que a Venezuela seja respeitada. Quero isso para o Brasil e o mundo inteiro”, afirmou o petista.

+ veja o conjunto propostas apresentadas pelo governo brasileiro para a região:

– aprofundar nossa identidade sul-americana também na área monetária, mediante mecanismo de compensação mais eficientes e a criação de uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas extrarregionais;

– implementar iniciativas de convergência regulatória, desburocratizando procedimentos de exportação e importação de bens;

– ampliar os mecanismos de cooperação de última geração, que envolva serviços, investimentos, comércio eletrônico e política de concorrência;

– atualizar a carteira de projetos do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN), reforçando a multimodalidade e priorizando os de alto impacto para a integração física e digital, especialmente nas regiões de fronteira;

– desenvolver ações para o enfrentamento da mudança do clima;

– reativar o Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde, com medidas para ampliar a cobertura vacinal, fortalecer complexo industrial da saúde e expandir atendimento a populações carentes e povos indígenas;

– lançar a discussão sobre a constituição de um mercado sul-americano de energia, que assegure o suprimento, a eficiência do uso de nossos recursos, a estabilidade jurídica, preços justos e a sustentabilidade social e ambiental;

– criar programa de mobilidade regional para estudantes, pesquisadores e professores no ensino superior, algo que foi tão importante na consolidação da União Europeia;

– retomar a cooperação na área de defesa com vistas a dotar a região de maior capacidade de formação e treinamento, intercâmbio de experiências e conhecimentos em matéria de indústria militar, de doutrina e políticas de defesa.

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