Datafolha anima esquerda com possibilidade de governar Rio e SP

O instituto Datafolha divulgou, na tarde desta quinta-feira (7) na versão digital do jornal Folha de S.Paulo, uma nova rodada com os índices de intenção de voto para a disputa pelos governos dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro em outubro deste ano.

No Rio de Janeiro, o deputado Federal Marcelo Freixo (PSB), um dos nomes de maior relevância no campo da esquerda brasileira, aparece na liderança do levantamento, embora em empate técnico com o atual governador Cláudio Castro (PL).

Ao se considerar apenas o campo ideológico retórico, uma vitória de Freixo representaria a volta deste campo ao comando do estado desde os tempos do casal Garotinho, entre 1999 e 2007.

Ainda com grande predominância de eleitores que declaram voto nulo ou branco e indecisos (39%), outras candidaturas progressistas mostram o potencial de mudança na administração estadual. Rodrigo Neves (PDT), com 7%, Eduardo Serra (PCB) que soma 5% e Cyro Garcia (PSTU) com 4%, teriam grande possibilidade de transferir seus votos para Freixo num embate com Castro no eventual segundo turno.

São Paulo e a dinastia tucana

No estado de São Paulo o cenário é ainda mais desafiador. A luta da esquerda está na direção de romper com 32 anos de governos do PSDB.

Embora antes da dinastia do tucanato no comando do Palácio dos Bandeirantes tenham passado por lá Franco Montoro e Orestes Quércia, representantes do velho MDB, bandeira da oposição contra à Ditadura Militar, a esquerda nunca governou o maior estado do país.

Agora, aposta no ex-prefeito Fernando Haddad (PT). Ele lidera as intenções de voto após a desistência de Guilherme Boulos (PSOL) e, na simulação do Datafolha sem o ex-governador Mário França (PSB), amplia essa diferença.

Um dos principais desafios da campanha petista, que desponta como a mais sólida deste campo, está na reversão dos votos historicamente conservadores do interior do estado.

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