CPI aprova quebra de sigilo de Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro

Ricardo Barros em depoimento à imprensa. Foto: Reprodução de TV

Ricardo Barros, deputado federal pelo PP e líder do governo Bolsonaro, acaba de ter requerimento prevendo as quebras de seus sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário aprovado na sessão de retomada dos trabalhos da CPI da Covid-19.

A quebra deverá ser feita antes do depoimento do deputado, marcado para 12 de agosto, e poderá dar mais munição aos senadores de oposição ao governo Bolsonaro contra o seu líder na Câmara. Também teve o sigilo quebrado o deputado Luis Miranda, do DEM. A comissão também reconvocou o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco, que é um dos principais alvos da CPI e já tinha prestado depoimento em junho.

O objetivo dos senadores da comissão parlamentar é apurar o suposto envolvimento do deputado em negociação para a compra da vacina Covaxin, em denúncia feita pelos irmãos Miranda à CPI.

Em depoimento à CPI, o deputado federal Luis Miranda afirmou que levou as suspeitas ao presidente Jair Bolsonaro pessoalmente. Bolsonaro então teria dito que era um “rolo” do líder do governo.

Depois de muita insistência da parte dos senadores, o nome de Ricardo Barros foi confirmado pelo deputado Miranda, abrindo uma nova linha investigativa para a CPI. Após a repercussão negativa, o contrato foi cancelado por suspeitas de irregularidades.

Outro fator que liga o líder do governo ao suposto esquema de corrupção na compra da Covaxin, é por ter sido Ricardo Barros o autor da emenda 117/2021 à Medida Provisória nº 1.026 em fevereiro deste ano, que permitiria a importação da vacina desenvolvida pela Bharat Bioetch.

A MP autorizava a “importação e distribuição de quaisquer vacinas” e medicamentos não registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde que aprovados por autoridades sanitárias de outros países.

Também foi aprovada convocação do presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro; do ex-assessor especial para assuntos internacionais do ministro da Saúde, Flávio Werneck Noce dos Santos; do ex-coordenador Geral de Logística de Insumos Estratégicos Para Saúde do Ministério da Saúde, Alex Lial Marinho; e do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, apontado como disseminador de desinformação.

Comentários

 




    gl