Bolsonaro resgata teorias da conspiração, diz que Estado atrapalha, que o povo precisa dos políticos e que quer a praia em 2022

16/10/2021 às 13h08 - Por Redação SRzd

Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução do YouTube

O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) falou demoradamente com apoiadores na noite de sexta-feira (15) e fez um discurso diverso sobre a política nacional.

Entre muitas considerações e ataques à imprensa, como de costume, Bolsonaro afirmou que o Estado só atrapalha a vida do cidadão, ao comentar ações de governo. Ao mesmo tempo, afirmou que é a população quem precisa dos políticos e não o contrário, ao fazer uma analogia das relações do povo com o Poder usando como exemplo o cargo de vereador.

Bolsonaro ainda retomou ideias sobre teoria da conspiração, sem mostrar qualquer evidência, distorceu informações sobre a Ditadura Militar (1964 – 1985) e a usina de Belo Monte, responsável por garantir parte da energia de 17 unidades da Federação.

Prestes a ser denunciado pela CPI da Covid-19 no relatório do senador Renan Calheiros (MDB), que deve pedir o indiciamento do presidente por 11 crimes, Bolsonaro ironizou chamando o parlamentar de “bandido”. O relatório de Renan deve ser apresentado na próxima semana à Comissão.

“Sabia que eu fui indiciado hoje por homicídio? Alguém está sabendo aí? A CPI me indiciou por homicídio. O Renan Calheiros me indiciou por homicídio. 11 crimes”, disse Bolsonaro, rindo.

Renan afirmou que pretender responsabilizar Bolsonaro por epidemia com resultado morte; infração de medidas sanitárias; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documento particular; charlatanismo; prevaricação; genocídio de indígenas; crimes contra a humanidade; crimes de responsabilidade e homicídio por omissão.