Bolsonaro decide manter no cargo ministro do Turismo indiciado pela PF

Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Foto: Marcos Corrêa/PR

Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Foto: Marcos Corrêa/PR

Após a notícia de que a Polícia Federal indiciou o ministro do Turismo , Marcelo Álvaro Antônio do PSL, pelo uso de candidaturas-laranja no partido em Minas Gerais, o presidente Jair Bolsonaro decidiu “aguardar o desenrolar do processo” e mantê-lo no cargo. A informação é do porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.

Desde o início das investigações sobre a atuação de Marcelo Álvaro e de seus assessores, Bolsonaro indicou que aguardaria a apuração da PF para definir o futuro do ministro.

Em nota, o Ministério do Turismo afirmou que Álvaro Antônio ainda não foi notificado sobre o indiciamento, mas “reafirma sua confiança na Justiça e reforça sua convicção de que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada”.

“Assim como vem declarando desde o início da investigação, que teve como base uma campanha difamatória e mentirosa, o ministro reitera que não cometeu qualquer irregularidade na campanha eleitoral de 2018. Vale lembrar que esta é apenas mais uma etapa de investigação e o ministro segue confiante de que ficará comprovada sua inocência”, diz o ministério.

A suspeita é que o ministro tenha cometido crimes de falsidade ideológica eleitoral, associação criminosa e apropriação indébita de recurso eleitoral.

Nas eleições de 2018, Marcelo Álvaro Antonio era presidente estadual do PSL, partido de Bolsonaro. O PSL teria inscrito candidatas mulheres para desvio de verba eleitoral, sem a intenção de elegê-las, uma vez que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia definido que pelo menos 30% do fundo eleitoral era destinado para candidatura feminina.

Agora, com conclusão da PF de que há indícios de crimes, o relatório será enviado ao Ministério Público, que vai decidir se apresenta ou não denúncia à Justiça pelos crimes.

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