Após citar demônios, primeira-dama ataca umbanda e acirra debate religioso

Michelle e Jair Bolsonaro durante culto evangélico. Foto: Reprodução de vídeo

Michelle e Jair Bolsonaro durante culto evangélico. Foto: Reprodução de vídeo

A primeira-dama Michelle Bolsonaro acirrou o debate religioso no país, atendendo uma das características retóricas do atual governo, numa tentativa de criar a narrativa do bem contra o mal no contexto das eleições gerais deste ano, em outubro.

No último domingo (7), durante um culto evangélico em Belo Horizonte, disse que o Palácio do Planalto já foi, no passado, “consagrado a demônios”.


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“Podem me chamar de louca, podem me chamar de fanática, eu vou continuar louvando nosso Deus, vou continuar orando”, pregou ao lado presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), na Igreja Batista Lagoinha, na capital mineira, em evento em comemoração ao Jubileu de Ouro do pastor Márcio Valadão (assista ao vídeo):

A primeira-dama do Brasil, voltou a carga nesta terça-feira e se colocou entre os assuntos mais comentados das redes sociais.

Ela usou seu perfil no Instagram, através dos Stories, para atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e religiões de matriz africana como a Umbanda e o Candomblé.

Michelle compartilhou um vídeo em que Lula recebe um banho de pipoca de uma religiosa. As imagens são do ano passado, durante encontro na Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, um dos estados de maior representatividade de cultos espirituais do país.

O vídeo, publicado por pela vereadora paulistana Sonaira Fernandes (Republicanos), afirma que Lula “entregou sua alma para vencer essa eleição” e Michelle legendou: “isso pode, né! Eu falar de Deus, não”.

Lideranças e representantes de religiões de matriz africana criticaram a declaração de Michelle. Em nota, a assessoria do petista declarou que “Lula respeita as religiões e sua liberdade de culto e não hostiliza manifestações religiosas”.

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