Apenas metade dos ministros de Bolsonaro permanece

A nomeação do senador Ciro Nogueira (PP) para a Casa Civil e o rearranjo ministerial feito pelo Palácio do Planalto desconfigurou ainda mais a formação inicial do time de Jair Bolsonaro (sem partido), de 2019.

Dos 22 ministros que aparecem ao lado do presidente na posse, 11 já deixaram de integrar o governo. Alguns deles, inclusive, se tornaram inimigos políticos de Bolsonaro.

O caso mais emblemático é do ex-juiz Sergio Moro, um dos nomes de maior prestígio do início da gestão e que deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública em abril de 2020, acusando o presidente de interferir na Polícia Federal. Outro é o general Santos Cruz, primeiro chefe da Secretaria do Governo. Hoje, o militar faz duras criticas ao bolsonarimo nas redes sociais.

Oito ministros permanecem em seus cargos desde o primeiro momento: Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), Tereza Cristina (Agricultura), general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

Bolsonaro, que se elegeu prometendo reduzir o número de ministérios, criou dois. No ano passado, o Ministério das Comunicações, ocupado pelo deputado Federal Fábio Faria (PSD), e agora, a Pasta do Trabalho, que fica com Onyx Lorenzoni (DEM).

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