Polícia detalha operação mais letal da história do Rio; 25 mortos
Representantes da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que realizou nesta quinta-feira (6), a operação mais letal da história fluminense, somando 25 mortos, disseram, durante entrevista coletiva para a imprensa, que só houve uma execução na comunidade do Jacarezinho: a do policial civil André Farias, baleado na cabeça, no momento em que retirava uma barricada. De acordo com os policiais, os outros 24 eram criminosos. Do outro lado, moradores relatam excessos e execuções.
+ moradores lavam sangue na comunidade (vídeo):
Que Deus proteja o Jacarezinho #ChacinaDoJacarezinho pic.twitter.com/yjkXNKZ2Uo
— Thiago Nascimento (@thgnascimento_) May 6, 2021
A Operação foi comunicada ao Ministério Público para cumprir exigência do STF, o Supremo Tribunal Federal, que só permite operações em casos excepcionais e teve como justificativa coibir o tráfico que, segundo a investigação, alicia menores e controla até namoros.
“A decisão do STF não impede a polícia de fazer o dever de casa. Ela coloca protocolos e a Polícia Civil cumpre todos. Não sei se as grandes operações dão resultado. O que eu sei é que a falta de operação dá um péssimo resultado”, disse o delegado Rodrigo Oliveira.
Sem citar nomes ou entidades, o delegado criticou o que chamou de “ativismo judicial” que, segundo ele, vai contra o trabalho policial:
“Pseudo entendidos de segurança pública criaram uma lógica de que, quanto mais inteligência, menor o confronto. Isso não funciona assim. Quanto mais precisa a informação, maior é a resistência do tráfico (…) A Polícia Civil não age na emoção. A operação foi muito planejada, com todos os protocolos e em cima de 10 meses de investigação. Não estamos comemorando (…) Por outro lado, a Polícia Civil não vai se furtar de fazer com que a sociedade de bem tenha seu direito de ir e vir garantido”, afirmou Oliveira.
Além das mortes, a Operação registrou a apreensão de 16 pistolas, 6 fuzis, 1 sub metralhadora, 12 granadas, 12 escopetas e 1 munição antiaérea ativa, considerada armamento de guerra.
Ao rebater as críticas de que houve excessos e execuções, Roberto Cardoso, Diretor Geral do Departamento de Proteção à Pessoa, avaliou:
“A Polícia Civil não entra para executar e foi feita dentro de total legalidade. Ela entra para fazer cumprir a lei”.
Por fim, o delegado Rodrigo defendeu que o policial André Farias (foto abaixo), morto na Operação, foi o único executado:
“Se alguém fala em execução nessa operação, foi no momento em que o policial foi morto com um tiro na cabeça”, afirmou.
+ veja registros feitos por moradores (fotos de reprodução do Twitter):
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