‘Pode ter havido o fato’, diz Mourão sobre propina em relação à vacina

Hamilton Mourão. Foto: Fábio Rodrigues – Agência Brasil

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta quarta-feira (30) que prefere não comentar a denúncia de propina envolvendo o governo. Para ele, é atribuição da Controladoria-Geral da União (CGU) acompanhar a questão.

Segundo reportagem publicada pelo jornal “Folha de São Paulo”, o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, é suspeito de cobrar propina de US$ 1 por dose em troca de assinar contrato.

“É um relato, né? Vocês sabem que esses assuntos não chegam pra mim, eu só tomo conhecimento pela Imprensa. Não tenho como avaliar. Pode ter havido o fato…”, disse o general.

Para ele, a CGU toma conta da questão: “A realidade é a seguinte: a CGU tem que acompanhar essa questão de contratos. Então, acredito que ela fique de olho. Não em contrato de R$ 50 ou R$ 60 milhões, mas contratos grandes, ela tem que estar em cima”.

O representante da empresa de vacinas Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, afirmou que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. A informação foi revelada à repórter Constança Rezende.

A proposta teria partido do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, durante um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro. Nesta quarta-feira (30), segundo o Diário Oficial, Dias foi exonerado do cargo.

Mourão disse ainda não acreditar que a denúncia abale a “bandeira anticorrupção” do governo: “O presidente ontem falou uma coisa que é certa: ele não tem condições de controlar tudo que tá acontecendo dentro do governo. Compete a cada ministro controlar seu feudo e se for detectada alguma coisa que está irregular, que se tome as providências de acordo com a lei”.

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