PIB do Brasil cai 4,1% em 2020; pior índice desde 1996

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil tombou 4,1% em 2020, segundo divulgou nesta quarta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se da maior contração desde o início da série histórica atual do IBGE, iniciada em 1996, superando a queda de 3,5% registrada em 2015. O índice mostra a maior retração desde 1990, quando o indicador recuou 4,35%, no governo do ex-presidente Fernando Collor.

“É o maior recuo anual da série iniciada em 1996. Essa queda interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB acumulou alta de 4,6%”, informou o IBGE.

A queda interrompe o ciclo de três altas consecutivas, entre 2017 e 2019, após dois anos de retração. O resultado veio um pouco pior que a expectativa do ministro da Economia, Paulo Guedes, que na última terça-feira (2) projetou que o PIB cairia pouco menos que 4%.

O PIB de 2020 caiu bem menos que o esperado no início das crises econômica e sanitária, causadas pela pandemia. Entre abril e junho, meses mais impactados pelas crises, as projeções de órgãos internacionais chegaram a ser de tombos de quase 10%.

Embora as estimativas para 2021 sejam de alta de mais de 3% no PIB, recuperando parte da perda do ano passado, o aumento dos casos de Covid-19 e a vacinação lenta no começo do ano devem fazer com que o indicador ainda registre uma retração no primeiro trimestre, conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE-GFV).

Resultado da soma de tudo o que o país produziu em determinado período, o PIB é um dos indicadores mais importantes do desempenho da economia de um país. Os dados são divulgados pelo IBGE trimestralmente.

Principais destaques do PIB em 2020:

Serviços: -4,5%
Indústria: -3,5%
Agropecuária: 2%
Consumo das famílias: -5.5%
Consumo do governo: -4,7%
Investimentos: -0,8%
Exportação: -1,8%
Importação: -10,0%










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