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Pfizer comprometeu-se a ressarcir o Brasil caso atrasasse vacinas, aponta documento

Documentos entregues à CPI da Covid-19 revelam que, em agosto de 2020, a Pfizer se comprometeu a reembolsar o Brasil por qualquer pagamento antecipado caso não conseguisse enviar 30 milhões de doses de vacinas contratadas

A informação consta em uma correspondência enviada pela embaixada do Brasil nos Estados Unidos, sede da farmacêutica, ao Ministério das Relações Exteriores, à época comandado por Ernesto Araújo.

No documento, os diplomatas brasileiros confirmam que a Pfizer “se comprometeria a devolver ao governo brasileiro todo e qualquer pagamento antecipado, na hipótese em que a empresa não consiga honrar a obrigação de entregar a quantidade acordada da vacina”.

A correspondência foi enviada em agosto de 2020, mesmo assim, o governo Bolsonaro não fechou logo o acordo com a Pfizer, o que só se concretizou sete meses depois, atrasando a imunização da população brasileira .

“Os dirigentes da Pfizer frisaram a ausência de risco, uma vez que, segundo constaria da proposta de venda, a Pfizer se comprometeria a devolver ao governo brasileiro todo e qualquer pagamento antecipado, na hipótese em que a empresa não consiga honrar a obrigação de entregar a quantidade acordada da vacina”, diz o documento da embaixada brasileira em Washington, obtido pela TV Globo e revelado neste domingo (13).

Essa revelação coloca em contradição o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à CPI da Covid-19. O general declarou que o governo não assinou um contrato para compra de vacinas com a Pfizer naquele momento por causa da falta de previsão de multa em caso de atraso na entrega das doses do imunizante.

A CPI investiga as negociações do governo federal com a farmacêutica. Membros do colegiado avaliam que o governo poderia ter vacinado mais pessoas caso tivesse fechado acordo com a empresa para comprar as vacinas ainda em agosto do ano passado.

O governo também se negou a adquirir as vacinas do Covax Governo. O governo brasileiro recebeu uma proposta por parte da aliança mundial de vacinas, a GAVI, que administra o consórcio Covax Facility, para aderir ao plano de imunização global com acesso a 86 milhões de doses. Mas, depois de longas negociações, o Brasil optou por comprar apenas 43 milhões, suficiente para imunizar só 10% da população — o mínimo que o país poderia estabelecer na parceria com a entidade.

Redação SRzd

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