PF diz ao STF que há indícios de crimes de Geddel no caso dos R$ 51 milhões

Dinheiro atribuído a Geddel Vieira Lima encontrado em ‘bunker’. Foto: Divulgação/Polícia Federal Foto: Divulgação/Polícia Federal

Dinheiro atribuído a Geddel Vieira Lima encontrado em ‘bunker’. Foto: Divulgação/Polícia Federal Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal) entregou nesta terça-feira (28) a conclusão do inquérito sobre os R$ 51 milhões encontrados no “bunker” do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Segundo o relatório, existem indícios dos crimes de lavagem de dinheiro e de associação criminosa cometidos por Geddel, pelo irmão dele, o deputado Lúcio Vieira Lima, e outras três pessoas.

As malas de dinheiro encontradas em um apartamento de luxo em Salvador são atribuídas ao ex-ministro.

De acordo com a PF, pessoas ligadas a Geddel cometeram o mesmo crime. São elas: o irmão de Geddel, o deputado Lúcio Vieira Lima; o ex-assessor do deputado, Job Ribeiro; a mãe de Geddel e Lúcio, Marluce Vieira Lima; e Gustavo Ferraz, amigo de Geddel. Para a PF, a defesa não conseguiu justificar a origem do dinheiro apreendido.

“Ao largo dessas razões, passados quase três meses da apreensão da quantia milionária em espécie, não foi apresentada qualquer documentação que viesse dar um mínimo de suporte aos valores apreendidos”, diz o relatório.

Para investigar o suposto crime de corrupção, que pode revelar a origem dos R$ 51 milhões, a PF solicitou ao ministro a abertura de um novo inquérito.

“Nesse sentido, sugere que outros fatos, principalmente crimes antecedentes da lavagem de dinheiro aqui mencionadas, além de outras tipologias de branqueamento de capitais provenientes de atividades ilícitas dos investigados, sejam objetos de outras apurações”, concluiu a PF.

Geddel foi preso no dia 8 de setembro, três dias depois que os policiais encontraram o dinheiro no apartamento de um amigo do político. Os valores apreendidos foram depositados em conta judicial.

Segundo a Polícia Federal, parte do dinheiro seria resultante de um esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal no período entre 2011 e 2013, quando Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição. No entanto, a constatação não está no relatório final da investigação.

* Com informações da Agência Brasil

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