PF faz operação de busca e apreensão no caso de joias; nomes ligados a Bolsonaro são alvos

Sede da Polícia Federal. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Sede da Polícia Federal. Foto: José Cruz/Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (11) a Operação Lucas 12:2, que tem como objetivo investigar a atuação de associação criminosa em crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, sendo dois em Brasília, um em São Paulo e um em Niterói, no Rio de Janeiro.

Entre os alvos estão o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); o pai dele, general Mauro César Lourena Cid; Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército; e o advogado Frederick Wassef, que já defendeu o ex-mandatário e a família dele em processos na Justiça.

Em nota, a PF informou que os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior.

“Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”, destacou a corporação.

Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no inquérito que apura as ações das chamadas “milícias digitais”.

O nome da operação, segundo a polícia, faz alusão ao versículo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.

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