PF faz buscas na casa do governador do Amazonas; secretário da Saúde está foragido

A Polícia Federal realiza, na manhã desta quarta-feira (2), ação contra o governo estadual do Amazonas por supostas fraudes em licitação e desvios de recursos públicos durante a pandemia da Covid-19. Trata-se da quarta fase da Operação Sangria, que investiga também a formação de organização criminosa.

No total, são cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária cumpridos nas cidades de Manaus (AM) e Porto Alegre (RS), além de sequestro de bens e valores, que, somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24. A casa do governador do Amazonas, Wilson Lima, do PSC, é alvo dessa ação.

São alvos de mandado de prisão o secretário de Saúde Marcellus Campêlo, o empresário Nilton Consta Lins Júnior e outras quatro pessoas. Campêlo não foi encontrado em dois endereços nos quais foi procurado, de acordo com o G1.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do governador e do secretário de Saúde.

Secretário da Saúde, Marcellus Campêlo (esq.) e o governador do Amazonas, Wilson Lima (dir.). Foto: Reprodução/Facebook
Secretário da Saúde, Marcellus Campêlo (esq.) e o governador do Amazonas, Wilson Lima (dir.). Foto: Reprodução/Facebook

Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do Governo do Estado, de um hospital de campanha.

O hospital, segundo a PF, não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia da Covid-19, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade.

Verificou-se, ainda, que contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, firmados em janeiro de 2021, contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.

Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa.

Wilson Lima também integra o grupo de nove governadores convocados a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. No cronograma, seu depoimento está marcado para o dia 29 de junho, o primeiro de um chefe do Executivo estadual.

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