PF apreende celular de Wassef após ele admitir recompra de Rolex que Bolsonaro ganhou do governo da Arábia Saudita

Frederick Wassef. Foto: Reprodução/TV

Frederick Wassef. Foto: Reprodução/TV

A Polícia Federal (PF) apreendeu, na noite desta quarta-feira (16), o aparelho celular de Frederick Wassef, advogado de Jair Bolsonaro, que no dia anterior admitiu que recomprou o Rolex de ouro cravejado com diamantes recebido pelo ex-presidente em viagem ao Oriente Médio e que havia sido vendido para uma loja na Pensilvânia nos Estados Unidos.

Conversas privadas revelaram que Wassef afirmou ter feito um “favor a um terceiro”, o que lançou luz sobre as complexidades do caso, bem como sobre os relacionamentos entre as partes envolvidas e as motivações por trás das transações. O nome de Wassef aparece nos recibos de recompra do relógio Rolex de ouro branco cravejado de diamantes.

A apreensão do equipamento aconteceu ocorreu quando Wassef jantava em uma churrascaria localizada dentro de um shopping na Zona sul de São Paulo. O advogado entregou o celular sem oferecer resistência.

O advogado não havia sido localizado na última sexta-feira (11) quando a PF realizou busca e apreensão em endereços ligados a ele. Desde então, os agentes estavam à procura de Wassef.

O que disse o advogado

Investigado, o advogado admitiu publicamente ter recomprado um acessório, presente dado a Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita em uma viagem oficial em 2019.

O caso tem gerado especulações quanto à origem dos recursos e levantado preocupações sobre a legalidade das transações. Apesar da confissão, ele afirmou que seu objetivo era realizar a devolução do relógio e que não agiu sob ordens do tenente-coronel Mauro Cid.

Em entrevista coletiva o advogado afirmou na entrevista que a viagem já estava marcada, que foi organizada para fins pessoais e o relógio comprado com seus próprios recursos.

“Usei do meu dinheiro para pagar o relógio. O meu objetivo quando comprei o relógio era cumprir decisão do Tribunal de Contas da União. Fiz o relógio chegar ao governo. O governo do Brasil me deve R$ 300 mil”, declarou.

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