PF: Aécio Neves negociou pagamentos para derrotar Dilma em 2014

Aécio Neves. Foto: Agência Senado

Aécio Neves. Foto: Agência Senado

O senador Aécio Neves angariou, junto ao Grupo J&F, propina na monta de R$ 109,3 milhões para realizar pagamentos a partidos com o objetivo de ampliar a coligação que apoiou sua candidatura à Presidência da República, em 2014.

A acusação foi feita pela Polícia Federal no âmbito dos pedidos que resultaram na deflagração da operação contra o tucano e outros parlamentares e empresários , nesta terça-feira (11).

Os investigadores citam que Aécio teria solicitado recursos a Joesley Batista, na casa do empresário, em São Paulo, no início de 2014. Os acertos entre o tucano e o empresário tinham como contrapartida a promessa de “vantagens no eventual governo presidencial, além de influência junto ao Governo do Estado de Minas Gerais”, e também a “utilização de seu mandato parlamentar para beneficiar o grupo empresarial”.

De acordo com a PF, os pagamentos foram realizados em espécie e também por meio de depósitos bancários e pagamento de serviços simulados. Diversos partidos que apoiaram Aécio na disputa com Dilma Rousseff em 2014 teriam sido beneficiados pelo esquema.

Um deles teria sido o Solidariedade, que obteve R$ 15 milhões por intermédio do deputado Paulinho da Força.

Segundo reportou a PF, parte desse valor foi entregue mediante doações oficiais que totalizaram R$ 11 milhões. Os demais R$ 4 milhões teriam sido pagos mediante a simulação de prestação de serviços.

A informação é corroborada por notas fiscais fraudadas apresentadas pelo executivo Ricardo Saud em seu acordo de delação premiada.

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