Paulo Guedes defende nova CPMF: se for ‘pequenininha, não machuca’

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a classe política terá de decidir se apoiará ideia do governo que deve ser proposta ao Congresso de desonerar a folha de pagamento em troca da implantação de um imposto sobre transações financeiras, similar à extinta CPMF. O novo tributo deve integrar o projeto do governo da reforma tributária.

Para Guedes, uma tributação parecida com a CPMF seria um jeito eficiente e rápido de arrecadar imposto, desde que a alíquota seja baixa. “Pequenininho, [o tributo] não machuca”, disse nesta quarta-feira (21).

Durante evento realizado na noite desta terça-feira (20) em São Paulo, voltado para empresários e executivos, Guedes declarou que o tributo é “horroroso”, mas melhor do que manter os altos encargos que encarecem a contratação de empregados.

“Entre um imposto horroroso, muito feio, e a opção por desoneração da folha, prefiro abraçar o feioso a ficar com a oneração da folha do jeito que é hoje”, disse o ministro, afirmando que esta é uma escolha da sociedade.

No mesmo evento, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, voltou a dizer que a ideia de tributar pagamentos tem poucas chances de se aprovada, lembrando que até o presidente Jair Bolsonaro já se pronunciou contra a medida.

Extinta em 2007  pelo Congresso durante o governo Lula, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), também conhecida como imposto do cheque, foi um tributo criado no governo de Fernando Henrique Cardoso. Era cobrado sobre vários tipos de transações, desde saques de dinheiro e emissão de cheques até pagamento de boletos bancários. A arrecadação total da CPMF ultrapassou os R$ 220 bilhões entre 1996 e 2007.

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