Paraisópolis: Doria nega culpa da PM em mortes e diz que política de segurança não muda

Joao Doria. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Joao Doria. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O governador de São Paulo João Doria negou que a Polícia Militar tenha relação direta com as nove mortes que ocorreram neste domingo (1), em um baile funk de Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista.

“A letalidade não foi provocada pela PM, e sim por bandidos que invadiram a área onde estava acontecendo baile funk . É preciso ter muito cuidado para não inverter o processo”, disse Doria durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (2) sobre o caso.

A polícia alega que os agentes reagiram a um ataque de dois criminosos que atiravam em uma moto. A versão de testemunhas contradiz o que os agentes afirmaram. Os frequentadores alegaram que os policiais militares entraram na comunidade com o intuito de dispersar o barulho.

“Não houve ação da polícia nem utilização de arma [de fogo] nem em relação a invadir a área onde o baile estava acontecendo, tanto é fato que o baile continuou. Não deveria sequer ter ocorrido. Ele é ilegal, fere a legislação municipal. Tanto é fato que prosseguiu”, defendeu Doria.

Paraisópolis. Foto: Reprodução de Internet
Paraisópolis. Foto: Reprodução de Internet

O governador prestou solidariedade às famílias dos jovens mortos e afirmou que a PM vai agir segundo o protocolo de segurança pública. O tucano sustentou a versão de que não houve tiros de policiais durante o evento.

“O comportamento, atitude, posicionamento da Polícia Militar continuará dentro do protocolo, dentro dos programas de segurança pública estabelecidos desde o começo da nossa gestão. O que não nos desobriga de reavaliar e rever pontos específicos, onde falhas possam ter acontecido e penalizar, se as circunstâncias assim determinarem, quem cometeu erros”.

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