Para reduzir aluguel, quatro em cada dez estabelecimentos cogitaram mudar de endereço, aponta pesquisa

Imóvel para alugar. Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

Imóvel para alugar. Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

Diante da crise iniciada em 2020, proprietários e gestores precisaram se adequar para conseguirem manter suas portas abertas e adotar novas estratégias.

Do total de entrevistados, 11% mudaram de endereço durante a pandemia e 26% pensaram em mudar. Dentre os motivos que impulsionaram a decisão estão a redução do valor do aluguel (65%), redução do fluxo de pessoas (32%), passou a fazer a atividade dentro de casa (19%) e mudou para mais perto de sua casa (5%). Já entre os que mudaram de endereço, 60% migraram para bairros residenciais.

Os impactos financeiros também foram coletados e revelam que 85% disseram que foi preciso cortar custos, 60% afirmaram ter negociado preços e prazos com fornecedores e 29% tiveram que recorrer ao empréstimo.

“Os comércios tiveram que se reinventar frente à queda no fluxo de clientes durante a pandemia. O movimento de migração dos centros comerciais para os bairros residenciais é um claro exemplo de estratégias usadas pelos donos de restaurantes para chegar ao cliente final com menores custos fixos” explica Priscila Abondanza, diretora executiva de Empresas e Experiência do Cliente, da VR Benefícios.

Considerando as medidas de restrição da quarentena para funcionamento dos estabelecimentos, 94% estão funcionando, porém sete em cada dez proprietários ou gestores declararam movimento menor, especialmente restaurantes.

Em relação aos meios de pagamento sem contato que estão sendo utilizados, a pesquisa mostrou que na comparação com 2020, o uso de cartões de crédito ou débito NFC (aproximação via celular) aumentou e chegou a 87%. Também cresceu a utilização de aplicativos por celular e pagamentos por link.

“Outra estratégia dos comércios foi ampliar canais de vendas e meios de pagamento. Os restaurantes passaram a vender em novos canais, como o Whatsapp, e a usar novos meios de pagamento, como o link de pagamento e posteriormente o PIX. Para os trabalhadores, isso significou mais conveniência, segurança e tempo. Na VR, por exemplo, fomos os primeiros a oferecer a possibilidade de venda por link de pagamento, VR PAGUE, nas redes sociais e WhatsApp”, explica Paulo Roberto Esteves Grigorovski, diretor executivo de Marketing e Serviços ao Trabalhador, da VR Benefícios.

A pesquisa também revelou que as mudanças impostas pela pandemia vieram para ficar. Questionados sobre quais medidas de proteção serão adotadas permanentemente, 92% disseram a limpeza e desinfecção do ambiente, 86% a disponibilidade de álcool em gel aos clientes, 82% um ambiente mais aberto e ventilado, 67% confirmaram a utilização de meios de pagamento sem contato e 60% a implementação do cardápio digital.

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