Em declaração dada ao juiz Sergio Moro, o ex-ministro Antonio Palocci disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalizou um “pacto de sangue” no qual a Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 300 milhões em propinas ao PT entre o final do governo Lula e os primeiros anos do governo Dilma, segundo seus advogados.
Palocci afirmou que o acordo foi fechado numa conversa entre Emílio Odebrecht e Lula. O empreiteiro estava preocupado que a relação da empresa com a presidente Dilma Rousseff não fosse tão fluída como no governo Lula.
O “pacto de sangue” foi proposto pelo empresário para manter o protagonismo da Odebrecht não só nos contratos da Petrobras, mas em todo o governo.
O acordo previa a reforma do sítio de Atibaia, a compra do terreno da nova sede do Instituto Lula e R$ 300 milhões de vantagens indevidas à disposição de Lula e do Partido dos Trabalhadores.
Antônio Palocci foi sentenciado pelo juiz Sergio Moro a doze anos e dois meses de reclusão por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
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