“Pai da cloroquina” volta atrás e reconhece que medicamento não tem eficácia contra Covid
Diferentemente do que pensavam o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e as Forças Armadas brasileiras o investimento na compra de cloroquina para uso em casos de pessoas com indícios de Covid-19 foi um erro colossal. Jogou-se uma fortuna pela janela. E o medicamento está encalhado em depósitos oficiais. O médico francês Didier Raoult, responsável pelo estudo sobre a utilização da cloroquina no tratamento à Covid-19, voltou atrás de sua conclusão, em artigo publicado no International Journal of Antimicrobial Agents.
Didier informou que reavaliou os dados, diante de seis pacientes que haviam “sumido” dos estudos, e ressaltou que a hidroxicloroquina não funcionou.
“A necessidade de oxigenoterapia, transferência para UTI e óbito não diferiu significativamente entre os pacientes que receberam hidroxicloroquina (HCQ) com ou sem azitromicina (AZ) e nos controles com tratamento padrão apenas”, afirmou.
A substância ainda é defendida pelo governo brasileiro, de Jair Bolsonaro, que estocou uma quantidade absurda do remédio e está buscando empurrá-lo para a população – mesmo que o usuário possa ter problemas cardíacos.
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