Oxigênio e leitos acabam em hospitais de Manaus; toque de recolher é decretado

Leito de UTI: Foto: Breno Esaki – Agência Saúde

Os hospitais na cidade de Manaus (AM) estão sofrendo com a falta de oxigênio e leitos para tratamento contra a Covid-19.

“Estão relatando efusivamente que o oxigênio acabou em instituições como o Hospital Universitário Getúlio Vargas e serviços de pronto atendimento, como o SPA José de Jesus Lins de Albuquerque. Há informações de que uma ala inteira de pacientes morreu sem ar”, relatou o pesquisador Jesem Orellana, da Fiocruz-Amazônia, à reportagem da coluna de Mônica Bergamo, do jornal “Folha de S. Paulo”.

“Acabou o oxigênio e os hospitais viraram câmaras de asfixia. Os pacientes que conseguirem sobreviver, além de tudo, devem ficar com sequelas cerebrais permanentes”, completou o pesquisador.

Devido ao colapso no sistema de saúde local, o governador Wilson Lima afirmou, nesta quinta-feira (14), que 235 pacientes serão transferidos em aviões para os estados de Goiás, Piauí, Maranhão, Brasília, Paraíba e Rio Grande do Norte, para receberem atendimento médico.

“São pacientes que ainda continuam dependentes do oxigênio, mas eles têm toda a segurança plena para serem aerotransportados. O paciente do Amazonas que subir na aeronave terá toda a segurança e assistência, com cobertura até de assistentes psicossociais, para não haver falha nenhuma”, disse o Coronel Franco Duarte, representante do Ministério da Saúde.

O governador do Amazonas também decretou, nesta quinta-feira (14), um toque de recolher em Manaus das 19h às 6h. Apenas trabalhadores de serviços essenciais estão autorizados a circular fora do horário estabelecido. As farmácias também poderão funcionar, mas apenas para entrega em domicílio.










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