Opositor das medidas de restrição, Bolsonaro se diz contra Carnaval: ‘quem decide não sou eu’

Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR

Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (25) que, se dependesse dele, não haveria Carnaval no próximo ano. A declaração foi dada em entrevista dada à Rádio Sociedade da Bahia, após pergunta sobre as restrições impostas por alguns países da Europa como forma de frear o avanço da Covid-19. Por outro lado, ele afirmou ser contra a aplicação de medidas restritivas no Brasil em razão da economia.

A pergunta feita pela entrevistadora era como ele via as medidas impostas na Europa e se era favorável à realização do Carnaval. Bolsonaro respondeu: “Por mim não teria Carnaval. Só que tem um detalhe: quem decide não sou eu. Segundo o Supremo Tribunal Federal, quem decide são os governadores e os prefeitos. Não quero aprofundar nessa que poderia ser uma nova polêmica”.

O presidente fez referência à decisão do STF que deu autonomia a estados e municípios para tomar medidas de combate à pandemia, embora sem isentar o governo federal de responsabilidades. Bolsonaro, notório opositor das medidas de restrição, culpou governadores e prefeitos pelas mortes da pandemia, citando o Carnaval de 2020, que não foi cancelado.

No Brasil, diferentemente do que se vê na Europa, o número de internações e mortes vem caindo sistematicamente. De acordo com os especialistas, uma das explicações é o avanço da aplicação das duas doses do imunizante contra a Covid-19.

O chefe do Executivo federal, apto para se vacinar desde abril deste ano, disse diversas vezes que não tomará o imunizante.

Na mesma entrevista, o mandatário voltou a se isentar da responsabilidade pelas mortes decorrentes da Covid-19. “Não tenho culpa disso. Não estou me esquivando nem culpando outras pessoas. É uma realidade, é uma verdade. Todo o trabalho de combate à pandemia coube aos prefeitos e governadores. Para mim, o que coube: mandar recursos para estados e municípios. No total, gastamos no ano passado R$ 700 bilhões”, afirmou o chefe do Executivo federal.

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